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Brito com mais delegados que Saraiva no congresso do PS

Reunião magna dos socialistas guardenses vai decorrer em Vila Nova de Foz Côa a 26 de novembro

A lista A, afeta a Eduardo Brito, venceu na sexta-feira as eleições dos delegados ao congresso federativo do PS Guarda com mais dois lugares que a lista B, subscritora da moção de António Saraiva.

Os apoiantes do antigo presidente da Câmara de Seia e ex-candidato à presidência da Federação apresentaram listas em todas as secções e elegeram 81 delegados contra 79 para António Saraiva. O atual líder dos socialistas guardenses não concorreu em Seia, o que garantiu desde logo uma vantagem de 17 delegados aos adversários. Segundo dados oficiais, votaram 920 militantes nesta eleição. Os apoiantes de Eduardo Brito ganharam em Aguiar da Beira (6 delegados), Manteigas (2), Mêda (9), Pinhel (3), Sabugal (4), Seia (17) e Trancoso (6). Por sua vez, as listas afetas a António Saraiva foram as mais votadas em Almeida (5 delegados), Celorico da Beira (24), Figueira de Castelo Rodrigo (7), Gouveia (9), Guarda (16) e Vila Nova de Foz Côa (7). Em Fornos de Algodres registou-se um empate com quatro delegados para cada tendência.

A estes eleitos vão juntar-se no congresso do dia 26, em Vila Nova de Foz Côa, os delegados inerentes, como os presidentes das concelhias, autarcas, vereadores em funções e dirigentes cessantes da Federação. A noite eleitoral de sexta-feira consistiu na repetição das eleições para delegados realizadas a 4 de março a par do escrutínio para a presidência da Federação, ganha por António Saraiva, e que tinham sido impugnadas por Eduardo Brito, que desistiu da corrida à presidência da distrital socialista. Nove meses depois, António Saraiva, que esteve na sede do partido, na Guarda, considerou que se «fechou um processo que estava por encerrar. Há agora um único PS no distrito e é com esse PS que queremos trabalhar como partido vitorioso».

O dirigente desvalorizou o facto de ter menos delegados ao congresso federativo, constatando que «a diferença não é muita, não trará muitas interferências». O líder socialista preferiu repetir a mensagem de que vai trabalhar para «unir o partido e em prol do distrito da Guarda», acrescentando que sempre esteve «para unir e nunca para dividir». Na sua opinião, «os delegados ao congresso estarão com vontade de dar as mãos e de trabalhar para o futuro, para as grandes lutas que aí vêm, a começar pelas autárquicas em 2017». Não foi possível obter um comentário de Eduardo Brito.

Luis Martins António Saraiva espera não ter «muitas interferências» no congresso

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