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Borregos e castanhas “mexem” com Celorico

Festivais realizados no fim-de-semana «superaram» expetativas e até domingo vários restaurantes do concelho acolhem um Roteiro Gastronómico

O borrego e a castanha, dois produtos típicos do concelho de Celorico da Beira, estiveram em destaque no último fim-de-semana nas freguesias da Carrapichana e de Prados, que acolheram mais uma edição dos Festivais dedicados aquelas iguarias. Quem não pôde marcar presença nas duas iniciativas, que atraíram milhares de curiosos, tem até domingo para degustar pratos confecionados à base de borrego e ou castanha nos vários restaurantes que aderiram ao Roteiro Gastronómico.

O passado fim-de-semana foi bastante movimentado no concelho onde o queijo da serra é um dos ex-libris. Primeiro, no sábado, a freguesia de Prados recebeu a VIª edição do Festival da Castanha, enquanto que no domingo foi a vez da Carrapichana acolher a VIIª edição do Festival do Borrego. À gastronomia juntou-se muita animação e música, ingredientes que fizeram as delícias de muita gente, como revelou a O INTERIOR o presidente do município de Celorico da Beira que considerou que os dois festivais gastronómicos correram «muito bem» e até «superaram as expetativas». José Monteiro salientou que «todos os festivais têm corrido bem mas este ano, tanto o da castanha como o do borrego, superaram por completo as nossas expetativas». O autarca estimou que, durante os dois dias, terão passado pelas duas iniciativas cerca de três mil pessoas, enquanto que no diz respeito às refeições servidas, no sábado «andaram entre as 300 e as 400», ao passo que no domingo superaram as 800. Deste modo, o edil não duvida de que se tratam de duas «apostas ganhas» que vão continuar nos próximos anos, estando já na forja «pensar em mais outros produtos típicos da nossa região, endógenos, que podem estar associados à produção e, neste caso, à comercialização e aos produtores da terra».

José Monteiro revelou que os dois festivais atraíram visitantes do concelho, mas também «muita gente de fora». Aliás, presente no Festival do Borrego, o presidente da Câmara de Celorico da Beira salientou que «propriamente da terra» viu «pouca gente» e «muita gente de fora», tendo tido a informação de que pessoas «de Lisboa, Porto e de outros centros urbanos» se deslocaram até à Carrapichana. O autarca sustentou que os festivais «já começam a ser conhecidos a nível nacional» e que foi feita uma «divulgação muito grande» em diversos órgãos de comunicação social que ajudou a «atrair mais público».

A par dos dois festivais, começou na segunda-feira e termina no domingo o Roteiro Gastronómico do Borrego e da Castanha em vários restaurantes do concelho, onde os clientes podem «desfrutar da gastronomia do concelho e, essencialmente, de pratos com borrego e castanha». De modo a que os apreciadores destas típicas iguarias serranas possam degustá-las cozinhadas de diferentes modos, os restaurantes aderentes, que estão devidamente identificados, incluem nas suas ementas pratos à base de borrego e ou castanha. Este ano, volta a ser dado destaque ao Borrego Certificado (DOP), que tem características que o distinguem dos outros. É um borrego leve, criado exclusivamente com o leite materno com um peso até 12 quilos e uma idade ao abate até 30 dias. São borregos exclusivamente filhos de ovelhas das duas etnias leiteiras tradicionais da zona da Serra da Estrela (Mondegueira e Bordaleira).

Ricardo Cordeiro No domingo foram servidas mais de 800 refeições de borrego na  Carrapichana

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