O Centro Cultural “Os Serranos” – USA entregou, no último sábado, donativos a diversas associações humanitárias de bombeiros da região da Serra da Estrela. Ao todo, durante um jantar promovido em Celorico da Beira, foram entregues cerca de 30 mil euros a 19 corporações.
Os municípios contemplados são Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Manteigas, Seia, Trancoso (distrito da Guarda), Covilhã (Castelo Branco), Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo (Viseu) e Oliveira do Hospital (Coimbra). Alexandrino Costa, presidente de “Os Serranos”, refere que as verbas entregues aos “soldados da paz” foram obtidas na Festa do Queijo de Newark, que este ano decorreu entre 28 e 30 de Março, nas publicidades feitas numa publicação dedicada ao evento e nos bilhetes vendidos para jantares de gala. «As Câmaras dão-nos subsídios e queijos, mas nós pagamos lá tudo com verbas próprias e é esse dinheiro que mandamos para cá. Há 24 anos que isto acontece», salienta um dos fundadores e presidente da associação há 15 anos.
A verba entregue a cada corporação não é igual, sendo que o concelho de Gouveia terá sido o mais contemplado, por ser o único com quatro corporações: Gouveia, Folgosinho, Melo e Vila Nova de Tázem. Alexandrino Costa explica que, em anos anteriores, o Centro tem enviado dinheiro para uma ou outra corporação, mas desta vez «optámos por fazer um grande evento», aproveitando o convite do 50º aniversário dos Bombeiros de S. Romão, assinalado no domingo. No seu discurso, o dirigente aproveitou ainda para apelar a que as Câmaras «não deixem de apoiar» a Festa do Queijo, que decorre, por norma, «sempre em Março». Originário de Vila Cortês da Serra (Gouveia), o presidente de “Os Serranos” recordou que, no âmbito do evento, já levaram aos Estados Unidos «mais de 300 pessoas em 25 anos, entre autarcas e bombeiros», sendo vendida cada queijo «entre 50 a 60 dólares».
Presente no jantar, em que participaram cerca de 100 convidados, Luís Pires, membro do Centro e jornalista em Nova Iorque, salientou o apreço que a colectividade tem pelos bombeiros. «Por muito pouco que seja, é sempre uma ajuda importante e não o considerem uma esmola, mas uma contribuição», sublinhou. Já Albino Leitão, responsável pelo Centro em Portugal, considerou que as corporações de bombeiros representam «o que de mais genuíno há nesta região: amizade e solidariedade. Estamos a cumprir um dever e uma obrigação e não a fazer um favor».
Ricardo Cordeiro
