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Bombeiros da Guarda dizem-se «desconsiderados» pela autarquia

A direção dos bombeiros da Guarda foi à sessão pública do executivo, na passada segunda-feira, queixar-se das «sucessivas desconsiderações» a que diz ter sido votada pela autarquia.

Luís Borges, presidente da direção, lembrou que o caso não é novo e apresentou uma exposição em que denuncia a «forma discricionária e penalizadora» como a Câmara atribui subsídios às três corporações do concelho (Famalicão, Gonçalo e Guarda), considerando que a verba «deveria ser 60 por cento superior» para os voluntários guardenses se fosse levada em consideração «a sua real atividade». Na sua opinião, as opções tomadas pelo município são «injustas, incompreensíveis e altamente penalizadoras» para os bombeiros da sede do concelho. A Associação Humanitária recordou que há uma dívida de cerca de 170 mil euros por saldar e que este valor foi retirado do PAEL, tendo também sido surpreendida com o recente anúncio, em Famalicão da Serra, que o município tinha assumido «o pagamento da totalidade da contrapartida nacional» na compra de um veículo de combate a incêndios para a corporação local.

Na resposta, Virgílio Bento esclareceu que a Câmara «não comparticipou» a aquisição dessa viatura, que terá sido paga «com as verbas do PAEL». De resto, o vice-presidente explicou que a corporação da Guarda foi excluída desse plano de pagamentos por causa do acordo celebrado com a Associação Humanitária. «Atualmente, estamos a cumprir o acordo ao pagar 5 mil euros mensais em combustíveis e mais dois mil euros para as equipas de intervenção», disse, revelando que as três corporações vão receber mais dinheiro este ano, mas não disse quanto. «Isso será assunto para uma reunião com o presidente», afirmou. Virgílio bento sublinhou ainda que a Câmara tem sido «imparcial e equitativa» nesta matéria.

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