Um militar da GNR do Fundão foi atropelado mortalmente, na madrugada do último domingo, por um autotanque dos bombeiros, quando procedia à fiscalização de tráfego de apoio à corporação, chamada para combater um incêndio. Os “soldados da paz” foram à localidade de Telhado, a oito quilómetros do Fundão, apagar um incêndio que deflagrara num veículo automóvel estacionado numa garagem.
O cabo António Costa, de 44 anos, era natural de Benespera (Guarda) e foi colhido por um autotanque que fazia uma manobra de recuo. «O rodado da frente do veículo atingiu o militar, que estava do lado oposto do condutor», disse o comandante dos Voluntários do Fundão, António Antunes, à Lusa. O GNR terá sofrido morte imediata, por ter sido atingido ao longo do corpo e na cabeça pelo rodado do veículo, que pesa várias toneladas. O condutor do autotanque tem cerca de 30 anos e está a ser acompanhado por psicólogos. «É uma pessoa com experiência», garantiu António Antunes, realçando que as análises ao sangue a que foi submetido no Hospital da Covilhã não acusaram nada de irregular. «É uma pessoa que nem bebe álcool», assegurou. «Os bombeiros e a GNR estão consternados com o acidente. Há um óptimo relacionamento e temos os quartéis lado a lado, pelo que é um dia muito triste para todos», sublinhou o comandante.
As circunstâncias em que se deu o acidente estão a ser apuradas pelo Núcleo de Investigação Criminal da Brigada de Trânsito da GNR, sendo que o inquérito foi aberto de imediato. António Costa estava há 13 anos no posto do Fundão. Era casado e pai de duas meninas de quatro e seis anos.