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“Bomba” de Rui Ramos aquece jogo morno

Manteigas e Sporting da Mêda repartiram pontos e continuam na primeira metade da tabela

Manteigas e Sporting da Mêda empataram a uma bola num jogo que teve como principal motivo de interesse a “bomba” de Rui Ramos que deu origem ao primeiro golo da partida. De resto, as duas equipas, que ocupam a primeira metade da tabela, protagonizaram uma partida bastante renhida e equilibrada, que terminou com um resultado justo.

A primeira jogada de relativo perigo ocorreu aos 4 e para os homens da casa. Após um livre na esquerda, Nuno Antunes surgiu a cabecear para boa defesa de Carlitos. Sem nenhuma equipa a assumir um claro domínio nos minutos iniciais, a resposta da Mêda surgiu aos 13 , com Nuno Morais a fazer uma grande defesa ao cabeceamento de Guerra. Neste período, o Manteigas assumiu o controlo das operações e, aos 31 , Nuno Serra teve nos pés a melhor oportunidade para marcar. Contudo, isolado frente ao guardião contrário, o médio serrano rematou enrolado levando a bola a sair pela linha de fundo. Até que, aos 38 , o Manteigas beneficiou de um livre na esquerda, próximo do banco dos visitantes. Chamado a cobrar a falta, Rui Ramos não se intimidou com a distância e atirou um “míssil” que só parou no fundo das redes da baliza de Carlitos, que ainda se atirou para defender, mas em vão. A Mêda acusou o golo e, perto do intervalo, poderia ter sofrido o segundo, não tivesse Fábio Nogueira chegado ligeiramente atrasado ao cruzamento de Pereira.

A etapa complementar começou como acabou a primeira e, aos 49 , Marcelo, após um canto, poderia ter feito melhor, cabeceando muito por cima quando não tinha qualquer adversário a marcá-lo. No entanto, o Sporting da Mêda foi equilibrando a partida e, aos 59 , chegou ao empate. Guerra ganhou um lance a Mário Carvalho na direita e cruzou para a área, onde Paulo João e Nuno Morais discutiram o lance nas alturas. O guarda-redes socou a bola para a zona central da área, onde apareceu Tiago Jorge, muito oportuno, a rematar de primeira para a igualdade. Aos 65 , o Manteigas sofreu uma contrariedade com a saída, por lesão, de Edgar Costa após um lance com um companheiro de equipa. Quem agradeceu foi Paulo João, que até então pouco tinha feito devido à forte marcação do jovem serrano. O capitão dos visitantes viu, aos 70 , Nuno Morais negar-lhe o golo. Canto na direita, com o medense a aparecer, liberto de marcação, ao primeiro poste para cabecear forte e obrigar o guardião da casa a fazer a “defesa da tarde”.

Na resposta, aos 78 , David teve uma boa iniciativa pela direita, mas o seu cruzamento/remate parou no travessão da baliza de Carlitos. A partir daqui, os treinadores preocuparam-se mais em defender o empate do que em lutar pela conquista dos três pontos da vitória. Assim, a única ocasião de golo apareceu aos 93 com o jovem Beto Fernandes a cabecear ao lado após um canto da direita. Trabalho positivo de Pedro Afonso, embora tenha deixado passar impune algumas entradas mais ríspidas que, em nossa opinião, eram merecedoras de cartão amarelo. Realce ainda para uma “rábula” ao minuto 88, ocorrida à entrada da área da Mêda. Primeiro, o árbitro assinalou falta a favor do Manteigas, mas depois de dialogar com o seu assistente decidiu-se por bola ao solo.

Ricardo Cordeiro

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