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Blanco ganha na cidade mais alta

Austríaco Pfannberger saiu de amarelo para a Serra da Estrela

O espanhol David Blanco (Comunitat Valenciana) venceu isolado, no domingo, a oitava etapa da Volta a Portugal em bicicleta. A ligação entre Favaios e a Guarda (166,4 quilómetros) ditou também mais uma mudança na liderança da prova, já que o austríaco Christian Pfannberger (Elk-Haus) conquistou a camisola amarela.

Após uma fuga, Blanco completou o percurso em 3:53.36 horas, à média de 42,740 km/hora, chegando com 20 segundos de vantagem sobre Cândido Barbosa (LA-Liberty) e o búlgaro Danail Petrov (Maia-Milaneza), enquanto Bruno Pires (Maia-Milaneza) foi quarto, a 22 segundos. Quinto a cortar a meta, a 24 segundos, Pfannberger assumiu a liderança e destronou João Cabreira (Maia-Milaneza), que perdeu mais de um minuto para o vencedor. A etapa foi considerada uma bela jornada de ciclismo, após a desgastante subida à Senhora da Graça na véspera, onde João Cabreira (Maia-Milaneza) vestiu a camisola amarela. No domingo, os seus adversários contra-atacaram e o jovem estreante não conseguiu acompanhar o ritmo. Os favoritos foram os grandes protagonistas de uma etapa com movimentações desde muito cedo, por acção da LA-Liberty, com Nuno Ribeiro e Rui Sousa, e da Duja-Tavira, com Nelson Vitorino e Krasimir Vasilev. Cabreira não conseguiu responder, mas os companheiros Bruno Pires e Danail Petrov seguiram “viagem”, juntamente com o dinamarquês Claus Moller e Carlos Pinho (Barbot-Halcon), bem como Cândido Barbosa (LA-Liberty) e David Blanco e o colega Juan Gomis, além do discreto Pfannberger, que se tornou o sétimo líder desta edição da Volta com o quinto lugar na etapa.

No final, Blanco foi o mais forte, terminando com 20 segundos de vantagem sobre Barbosa e o búlgaro Petrov, depois de se ter destacado antes da subida para a Guarda, cidade mais alta do país, onde a meta coincidiu com contagem de montanha de segunda categoria (1.005 metros). O espanhol distanciou-se para ganhar uns segundos de bonificação na última meta volante do dia, na Lageosa do Mondego, e acabou por levar o esforço até final, à cabeça de um pelotão completamente retalhado. Quinto classificado na Volta a Portugal de 2003, quando representava o Tavira, e terceiro este ano no Troféu Joaquim Agostinho, Blanco sabia que «os dois quilómetros finais eram os mais difíceis e por isso tinha de reserva uns gramas de força», afirmou no final. Quem não vai esquecer a Guarda tão depressa é Christian Pfannberger. O austríaco partiu de Gouveia com a camisola amarela e 27 segundos de vantagem sobre Carlos Pinho (Barbot) e 34 em relação a Cabreira, que perdeu minuto e meio na etapa de domingo.

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