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Biografias Químicas: Pasteur

Mitocôndrias e Quasares

Na comemoração do Ano Internacional da Química é sempre importante olhar para quem a fez. Neste sentido, nas próximas edições vamos olhar para as biografias de alguns químicos que deixaram a sua marca inscrita na Ciência.

Começamos pelo químico e microbiologo francês Louis Pasteur que contribuiu fortemente para a evolução no campo das vacinas. Nos primeiros anos da sua vida, Pasteur interessou-se mais pela Pintura do que pela Ciência. Contudo, como aluno promissor que era, não teve dificuldade em albergar uma carreira no mundo da Ciência, tendo obtido o grau de bacharel em 1842. Cinco anos volvidos e sobre o patrocínio do seu pai, soldado de Napoleão, Pasteur conclui o doutoramento na Escola Normal Superior de Paris.

Desde essa data, arranca para uma carreira científica notável onde se destacou tanto nas áreas de ensino, nas Universidades de Estrasburgo e Lille, como, e principalmente, na área da investigação, onde desempenhou o cargo de director Estudos Científicos da Escola Normal Superior de Paris.

Os últimos de 20 anos da sua vida foram dedicados à fundação e desenvolvimento do Instituto Pasteur, que se tornou uma instituição de referência mundial na investigação.

Um dos avanços científicos desenvolvido por Pasteur que mais marcou o seu trabalho foi a técnica da pasteurização, que permite melhorar a qualidade dos alimentos ingeridos.

A pasteurização

Os contemporâneos de Pasteur defendiam que a fermentação era um processo exclusivamente químico, sem a intervenção de qualquer organismo. Esta não era a visão de Pasteur, provando a sua ideia ao descobrir que, na realidade, havia intervenção de dois organismos, dois tipos de leveduras, que eram a chave do processo da fermentação. Uma produzia álcool, e outra, ácido láctico, o que tornava o vinho ácido, degradando a qualidade do mesmo. A partir deste momento, Pasteur centrou o seu trabalho na eliminação dos micoorganismos que degradavam o vinho, e outras bebidas como a cerveja ou o leite. Para isso, desenvolveu uma técnica que consistia em encerrar o líquido em cubas bem seladas e elevava a temperatura até 44ºC durante um período curto de tempo, para de seguida baixar bruscamente a temperatura. Tinha nascido, assim, pasteurização.

As Vacinas de Pasteur

Um outro trabalho extremamente importante para qualidade de vida do indivíduo, desenvolvido por Pasteur foi um método para atenuar a virulência de microorganismos patogénicos. A diminuição da intensidade da virulência dos microorganismos permitiu que estes fossem utilizados para o fabrico de vacinas eficazes contra a cólera das galinhas, o carbúnculo e a erisipela de porco.

Na última fase da sua vida científica, os seus estudos contribuiram para vacina da raiva. No seu trabalho conseguiu transmitir a doença da raiva de um animal doente ao saudável. Simultaneamente, consegue controlar o virus desta doença o que lhe permite obter um virus estável, com o qual consegue proteger os animais contra esta doença..

Uma das frases mais famosas proferida por Pasteur foi a seguinte: “A vida é um germe, e um germe é vida”. Com esta afirmação desfere um golpe mortal na Teoria da Geração Espontânea, que vigorava à séculos, uma vez que defende que nenhum organismo se pode organizar por sí próprio. Esta afirmação demostra a qualidade do pensamento científico deste génio.

Por: António Costa

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