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Benfica ganha primeira-mão da Taça de Futsal feminina

Equipa da Boidobra perdeu em casa por uma diferença de cinco golos

A equipa feminina do Benfica derrotou, no último domingo, a Estrela do Zêzere na primeira-mão da final da Taça Nacional de Futsal Feminino. As raparigas da Boidobra perderam por uma diferença de cinco golos (4-9), num jogo disputado no esgotadíssimo pavilhão das Águias do Dominguiso.

As benfiquistas entraram mais fortes e impuseram-se logo com Catarina Cardoso a inaugurar o marcador aos 3 da partida. Foi o primeiro “balde de água fria” para a Estrela do Zêzere, que esmoreceu logo a partir do segundo golo, marcado vinte segundos depois por Rita Martins. O domínio das “águias” foi evidente na primeira parte, levando uma vantagem de quatro golos para o intervalo, após os tentos marcados por Sofia Vieira e Sílvia Valoroso. No segundo tempo, a equipa da Boidobra surgiu mais determinada e disposta a mostrar o melhor que sabe. O primeiro golo das locais, treinadas por Sofia Mendes, surgiu nos segundos iniciais do reatamento por Vanessa Nunes, para alegria do grande número de apoiantes que rumaram até ao Dominguiso. Pouco depois, a mesma atleta reduziu para 2-4, mas as encarnadas Ana Raquel e Rita Martins voltaram a dilatar o marcador para 2-6. A Estrela do Zêzere não esmoreceu e Tânia Félix marcou mais um golo que deu algum ânimo.

O domínio benfiquista intensificou-se e a equipa de Lisboa ganhou um livre de cinco metros após a sexta falta da Boidobra, provocada por Tânia. Contudo, Marisa Lima rematou para defesa de Sara Coelho. Segundos depois foi a vez da Boidobra beneficiar de um livre de cinco metros, mas Ana Marques também não conseguiu concretizar. Mas as esperanças da Boidobra renasceram com o golo de Ticha, na sequência de uma grande penalidade, que fez o 4-6. Só que a alegria demorou apenas um minuto, pois, logo de rajada, as benfiquistas voltaram a distanciar-se com mais três golos, marcados por Marisa Lima, Marta Ramalho e Sílvia Valoroso, fixando assim o resultado final em 4-9. Uma diferença que «dificulta um pouco mais a conquista da taça», reconhece a técnica da Boidobra, Sofia Mendes, que garante ainda assim que a equipa irá dar o máximo na segunda mão em Lisboa. Isto porque as atletas da Boidobra também têm muita «qualidade e são capazes de marcar», refere, destacando a boa exibição das suas jogadoras na segunda parte, quando «conseguiram equilibrar o jogo».

«No balneário, pedi-lhes para mostrarem o que sabem fazer e para não se intimidarem com uma equipa que tem nome e jogadoras com larga experiência», adiantou a técnica do Estrela do Zêzere, sustentando que a sua equipa foi «um pouco atraiçoada pela sorte e pela experiência do Benfica, que soube aproveitar os nossos pontos fracos». Já Vera Bettencourt reconhece a vantagem confortável para a segunda-mão, mas garante que o Benfica não vai descansar: «A Boidobra precisa de marcar cinco golos e nós nenhum para ganhar. Mas vamos jogar em casa e o nosso objectivo é vencer», promete a técnica encarnada, reconhecendo que a equipa do Estrela do Zêzere «trabalha bastante e está muito evoluída em termos técnicos e tácticos». Mas o problema é não haver competitividade no distrito: «As atletas do Benfica já têm muitas horas de jogo nas pernas e haver apenas quatro equipas no distrito não é nada bom para a Boidobra», refere, defendendo um campeonato nacional de futsal feminino.

Liliana Correia

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