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Bastonária quer soluções para «instabilidade» dos enfermeiros

Regime de contratação em vigor é «absolutamente inconcebível e inaceitável», acusa

A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros mostrou-se preocupada com a instabilidade de recursos humanos existente nos serviços de saúde do distrito, após visitar, na passada quinta-feira, algumas unidades. A iniciativa decorreu no âmbito da semana que Maria Augusta Sousa dedicou à região Centro, com o objectivo de conhecer melhor a realidade local e perceber as dificuldades que a região atravessa. Por cá, visitou o Centro de Saúde de Pinhel, a Santa Casa da Misericórdia da Guarda e o Hospital Sousa Martins.

No final, a Bastonária admitiu ter ficado com uma perspectiva «muito positiva do que estou a tentar conhecer mais de perto», adiantando que tentou «sobretudo» levantar as dificuldades que ainda se mantém na articulação dos serviços, pois garante que «as pessoas são, efectivamente, o centro dos serviços de saúde». Segundo Maria Augusta Sousa, a administração do Sousa Martins manifestou a sua preocupação quanto à instabilidade existente em matéria de recursos humanos, nomeadamente de enfermeiros, tendo solicitado a intervenção da Ordem. «É absolutamente inconcebível e inaceitável a forma de contratação em vigor, pois conduz a uma permanente entrada e saída de enfermeiros nos serviços de saúde», criticou a responsável, mostrando-se ainda contra «o saltitar de enfermeiros a cada três meses». Nessa situação, garante que o trabalho e a aprendizagem ficam «em causa». De resto, Maria Augusta Sousa garantiu que a Ordem fará «tudo o que estiver ao seu alcance» para encontrar soluções junto do Ministério da Saúde. Actualmente, a Ordem dos Enfermeiros está a trabalhar para perspectivar um modelo de Ordem profissional, criando condições estruturais para que os jovens enfermeiros tenham um «período de prática tutelada para que possa haver um tempo de uma vinculação distinta daquela que temos hoje», anunciou.

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