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Barra contra Barra

Treinador do Figueirense vai defrontar Sporting da Mêda, onde joga o filho mais velho

Sporting da Mêda e Ginásio Figueirense vão defrontar-se no domingo pela terceira vez esta época, o que equivale a dizer que André Barra vai jogar pela terceira vez contra a equipa treinada pelo seu pai, Paulo Barra. Após o empate para o campeonato e do encontro da meia-final da Taça de Honra só ter sido decidido nas grandes penalidades, o jogo da segunda volta do Distrital da Guarda assume quase contornos de “tira-teimas” entre os dois familiares.

André admite ter um «sentimento especial» e um «nervosinho» cada vez que defronta a equipa do pai, mas assegura que «vai ser engraçado», como nos dois confrontos anteriores. O jovem de 24 anos recorda ter ficado contente «num primeiro momento» quando a Mêda eliminou o Figueirense da Taça, mas garante que, «acima de tudo, ambos temos “fair-play” e damo-nos bem». Nem nos dias que antecedem estes “duelos” familiares há grandes conversas sobre o jogo: «Como temos adversários em comum e estamos na mesma divisão aproveitamos sempre para esclarecer algumas dúvidas sobre as outras equipas e determinados jogadores. Do nosso jogo não falamos muito porque já nos conhecemos mutuamente e não há grande coisa a adiantar», salienta o jogador do Sporting da Mêda. Apostas também ainda não houve, mas é uma «bela ideia», admite o jovem, que considera o pai um «bom treinador que já mostrou o seu valor a nível distrital».

Elogios que são prontamente retribuídos pelo mais velho dos Barra, que deseja «todos os êxitos» para o filho numa equipa que está a lutar pelo título distrital, daí que qualquer ponto perdido possa complicar esse objetivo. Assegura, por isso, que «não dá nenhum gosto especial» derrotar o filho, o que não implica que não vá «fazer tudo» para que o Figueirense ganhe no domingo. «É essa a minha obrigação, é o clube que me paga e as pessoas merecem-me todo esse respeito», afirma. Paulo Barra confessa, no entanto, que «acaba por ser sempre interessante e engraçado» jogar contra a equipa do filho, «se bem que, para um pai, é sempre um bocadinho complicado». Contudo, não esconde que tem um «gosto especial» “roubar” pontos às equipas que lutam pelo primeiro lugar, tal como sucedeu na ronda anterior com o Vila Cortês. De resto, recorda que o Sabugal, outro dos candidatos, ainda vai ter de jogar em Figueira, pelo que acredita que «poderemos repor qualquer situação adversa que possa acontecer ao meu filho no domingo», ironiza.

Ricardo Cordeiro Domingo se verá quem vence o “braço de ferro” entre André e Paulo Barra

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