Os bancos portugueses têm um nível de eficiência inferior aos congéneres de muitos países europeus, pelo que, mesmo após a redução de agências e trabalhadores dos últimos anos, têm que continuar a cortar custos, segundo noticia o “Público”.
«O aumento da eficiência afigura-se como um caminho a privilegiar visando a melhoria das bases de capital e, de uma forma geral, da sustentabilidade das instituições», indica o regulador, que divulgou hoje o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) de novembro.
«Contudo, a implementação de soluções, sejam estas de contenção de custos ou de consolidação, que permitam atingir estes ganhos teóricos, apresenta diversos riscos associados que devem ser acautelados, principalmente no curto prazo», alerta o BdP.
O BdP elenca uma série de «desafios e soluções» para melhorar a eficiência do sistema bancário português, apontando o foco para o redimensionamento das redes domésticas, o corte nos quadros de pessoal, a consolidação do setor e a componente tecnológica.
Sobre a opção pela redução da rede de agências, a entidade liderada por Carlos Costa sublinha ser «necessário analisar se o fecho de balcões gera poupanças relevantes, especialmente no curto prazo, dado que esta estratégia implica custos para reposição do espaço comercial e a potencial perda de clientes, o que pode reduzir o valor de um banco como um negócio de retalho».