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Balanços e Perspectivas

Crónica Política

Com o findar do ano, assistimos a inúmeros balanços e avaliações dos diferentes projectos e acções que decorreram nesse período de tempo. Realizaram-se foros, onde todos expressaram a sua opinião, afirmando o que estava bem e o que estava mal na vida desta Cidade e deste Concelho.

Apesar de já estarmos no fim do mês de Janeiro, gostaria, nesta primeira crónica de 2009, fazer o balanço do ano que terminou.

A nível nacional, temos um governo para o qual, é entendimento generalizado, não há qualquer alternativa. Enquanto que este governo perspectiva o futuro do país, investindo em projectos estruturantes e fundamentais e apostando na sua modernização, o maior partido da oposição navega sem rumo, caindo em contradição atrás de contradição, negando aquilo que antes considerava importante. Um partido assim não pode merecer a confiança dos portugueses, nem tem credibilidade para responder aos desafios que se avizinham.

Apesar dos tempos difíceis que se viveram e vivem, teve este governo capacidade para lançar projectos importantes para este Distrito. Foi o lançamento do IP2 a norte, obra considerada fundamental para esta região do interior e reivindicada durante muito tempo por todos os autarcas. Foram os governos do Partido Socialista que levaram as auto-estradas ao interior do país. Hoje, a Guarda dispõe da A23 e da A25 devido ao esforço desses governos. Talvez seja interessante recordar que o IP5 (projecto mal concebido e que tantas mortes causou, ficando com o cognome de “Estrada da Morte”), era para ser construído com o perfil de auto-estrada. Só não o foi, porque o Governo do PSD de então decidiu transferir parte do dinheiro para construção da VCI no Porto e do IC9 em Lisboa. Era esta a promoção e valorização do interior que os governos do PSD faziam.

Foi este governo que avançou com a construção de equipamentos importantes na área da saúde. Um pouco por todo o Distrito podemos ver estas obras, como é o caso da requalificação do Hospital de Seia, e da construção do Centro de Saúde de Gouveia. Mas é na Guarda que estão a ser feitos os maiores investimentos, alguma vez feitos, na área da saúde: a construção, obra praticamente terminada, do novo centro de Saúde da Guarda, e a requalificação do Hospital Distrital Sousa Martins. Após cem anos, efeméride comemorada com a dignidade que a data merece, a Guarda vai ter um novo Hospital. O PSD tentou, por todos os meios, impedir que a Guarda pudesse ter um novo hospital. Quando foi governo, o PSD parou, numa atitude irresponsável, todo o processo do Hospital. Foi este governo do Partido Socialista que aprovou o projecto e lançou o concurso para a execução da obra. Hoje, podemos afirmar que a renovação e requalificação do Hospital Distrital Sousa Martins é um processo irreversível. Mesmo que o PSD voltasse ao governo (hipótese meramente académica), já não poderia, como o fez no passado, impedir e travar este projecto.

O ano de 2008 foi, igualmente, importante a nível do poder local. Foi o ano da conclusão de projectos fundamentais para este concelho e o lançamento de novos projectos, sustentados financeiramente com candidaturas aos diferentes eixos do QREN.

Concluíram-se em dois anos as obras da PLIE, tendo esta Câmara, neste espaço de tempo, investido mais de dez milhões de euros. Embora, a PLIE seja uma Sociedade Anónima, todo o trabalho realizado e investimento feito deve-se única e exclusivamente ao esforço desta Câmara. Hoje existe um espaço que tem todas as condições para as empresas se instalarem. A Câmara já cumpriu a sua missão, cumpram os outros a sua.

Concluí-se a obra da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço. Depois de muitas atribulações e impasses, falências de empresas, conseguiu esta Câmara levar a bom porto este projecto. Apesar das dificuldades, não só não houve qualquer desperdício dos fundos comunitários atribuídos, como ainda se conseguiu um reforço em overbooking de mais um milhão de euros. Hoje, a Guarda passou a ter mais um equipamento cultural de qualidade e, citando o Sr. Presidente da República, “só quem conhece as dificuldades com que o interior do País ainda se defronta sabe o alcance de uma aposta, tão expressiva como esta, na valorização cultural das populações”.

A Guarda, com a sua Biblioteca, com o seu Teatro Municipal, com o seu Centro de Estudos Ibéricos, com o seu trabalho de investigação e promoção da memória local, com o seu apoio aos criadores e às associações, assume-se, como afirmou o Sr. Presidente de Câmara, como a Capital Cultural do Interior do país. É pena que haja pessoas que querem continuar a negar esta realidade.

Resta-nos a palavra de esperança e de conforto do Sr. Presidente da República:

“Faço votos para que a cidade consolide a renovação cultural, em boa hora iniciada, e para que os seus habitantes possam, enfim, usufruir do desenvolvimento e do bem-estar que a sua anterior condição de isolamento lhes negou tanto tempo”.

Por: Virgílio Bento *

* presidente da concelhia da Guarda do PS

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