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Autárquicas 2009

Perguntas:

1 – Nos próximos quatro anos o investimento no seu concelho deve passar por onde?

2 – Quais são os seus três grandes projectos?

3 – Que avaliação faz do mandato do actual executivo camarário?

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Guarda

Cláudia Teixeira (CDS)

Naturalidade: Sé (Guarda)

Idade: 37 anos

Profissão: Professora universitária

Local de voto: São Miguel (Guarda)

1 – O investimento deverá passar por 5 premissas orientadoras: Emprego; Educação; Saúde; Turismo e Qualidade de vida – fazendo da Guarda uma cidade atractiva.

Emprego – Juntar esforços locais e nacionais para uma eficaz e eficiente implementação da PLIE com visão estratégica, profissionalizando a gestão, anunciada já há 4 anos. Entendo que só com a privatização poderemos colmatar o tempo perdido, sendo esta, devidamente acautelada pela Câmara no que diz respeito à defesa dos interesses dos guardenses.

Educação – É necessário apoiar o papel insubstituível dos professores na escola, defender a pluralidade dos projectos educativos e favorecer a ligação entre escolas e empresas. É ainda necessário delinear uma aposta articulada de promoção com o IPG.

Saúde – Temos que tirar rapidamente partido da requalificação do Hospital Distrital da Guarda, criar e exigir, para este, um Centro de investigação em áreas especificas da saúde. Reforço ainda que em questões de saúde tudo é pouco, assim é importante que se dê mais atenção às ameaças, que durante estes últimos anos, o Governo tem proferido com consecutivas intenções de centralização de especialidades. É preciso exigir “nós, os da Guarda queremos cá tudo”.

Turismo – É urgente implementar politicas de cultura, turismo e desporto, sendo necessário repensar uma politica cultural concertada com o turismo e o património.

Qualidade de vida – É necessário garantir boas práticas de ordenamento do território e ambiente. Impera, nesta convicção, a rápida finalização do novo PDM e a elaboração de um novo Plano de Desenvolvimento Estratégico em paralelo com uma requalificação urbana integrada. Contudo, é também necessário que a Câmara defenda, trate e cuide permanentemente do espaço público – esta é a maior exigência que o guardense mais pede à CM, quase que “por favor”, no arranjo do parque infantil, da rua, do passeio, a limpeza.

2 – Proponho uma opção estratégica que assenta em rotular a Guarda como “cidade Educadora”. Necessitamos uma cidade integradora da cultura, como elemento fundamental para as vivências e relacionamento dos guardenses. Este projecto envolve premissas como o ambiente, desenvolvimento económico e turismo, transportes e vias de comunicação, saúde, urbanismo, educação e desporto, acção social, família, segurança, bem como uma autarquia amiga do contribuinte. Proponho a criação de um Centro de Investigação em duas ou três áreas específicas da Saúde, a ser implementado no Hospital Distrital da Guarda. Proponho ainda a criação, de raiz, de um gabinete de acção agrícola para apoio e incentivo à regeneração da agricultura do concelho, elaborando para tal um levantamento das potencialidades agrícolas de cada aldeia.

3 – Bastante negativo, não representa apenas quatro anos de mandato, mas sim 34 anos de domínio socialista, com maioria absoluta nos órgãos autárquicos, facto que tem vindo a justificar os interesses privados acima dos interesses pessoais que têm arrastado a Guarda para um esquecimento global.

Honorato Robalo (CDU)

Naturalidade: Sé (Guarda)

Idade: 39 anos

Profissão: Enfermeiro

Local de voto: Benespera (Guarda)

1– A Guarda não deve ser assentar no prisma da habitação e dependente do financiamento decorrente dos interesses imobiliários. A aposta passa pelo emprego e no impulso da produção local, sem esquecer as suas potencialidades agrícolas, desde a castanha, a cereja, a maça, pêra, entre outros, e a produção leiteira, temos que ser um concelho de produção. Não podemos assistir ao esvaziamento do mundo rural para a concentração numa cidade de serviços. As novas indústrias e empresas de áreas inovadoras devem ser incentivadas a estabelecer-se com a potenciação da PLIE. Neste quadro, desempenha papel primordial a requalificação do parque industrial. Fomentar o desenvolvimento e criação de novas actividades económicas geradoras de postos de trabalho que permitam corrigir a tendência de desaparecimento e deslocalização das empresas, obrigando a população a emigrar. Devem-se apoiar empresas de tecnologia de ponta e centros de investigação e ensino, designadamente um pólo tecnológico assente na parceria pública primordial que é o IPG e também a UBI.

2– Tendo em conta a grave situação do reequilíbrio das contas, é necessário um diagnóstico rigoroso para que não sejam hipotecados os projectos vertidos no Plano Plurianual de Investimentos – que deverá passar a ser elaborado de acordo com os investimentos efectivamente planeados e concretizáveis, de forma a adequar à realidade este importante instrumento de gestão. O nosso projecto diferenciador para a Guarda assenta em iniciativas prioritárias de intervenção e sem visão megalómana, no desenvolvimento dos sistemas educativo, cultural e desportivo, na promoção da qualificação urbana e ambiental e no desenvolvimento económico, com políticas de efectiva descentralização que envolvam populações e Juntas com transparência e equidade.

Entre várias medidas, destacamos o Plano Energético Municipal para um concelho cada vez mais sustentável. Propomos ainda um Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo, potenciando os produtos endógenos, e a criação do Observatório do Turismo. Por último, defendemos a reconstrução de pavimentos e, simultaneamente, uma acção permanente de manutenção da rede viária e do espaço público, eliminando vias degradadas e os “buracos” que proliferam por toda a cidade. Deve-se concluir a VICEG, criar uma variante de ligação à Sequeira e a Casal de Cinza, Pousade e demais freguesias e anexas, outra para ligar à Benespera, Vela, Gonçalo, Valhelhas, com ligação a Manteigas. Vamos exigir à Estradas de Portugal a construção da “Estrada Verde” e dar prioridade ao transporte público, com qualidade, cobrindo toda a extensão da cidade e serviços públicos, nomeadamente o novo centro de saúde.

3– Negativa, Muitas promessas e pouca acção de mudança na matriz da gestão municipal, assente em orientações e decisões tomadas desde 1976 pelo PS. Esta estratégia levou o município a uma situação de quase ruptura financeira, sem que os problemas básicos da população estejam satisfeitos, como o abastecimento de água e o saneamento, em muitas localidades do concelho.

Jorge Noutel (BE)

Naturalidade: Angola

Idade: 57 anos

Profissão: Professor

Local de voto: S. Vicente (Guarda)

1 – O investimento deve ser prioritariamente público, contemplando as áreas da saúde, da educação, dos transportes e acessibilidades, das várias mobilidades e não da mobilidade, do abastecimento de água, saneamento, da reabilitação urbana, valorização património, turismo, revitalizar o Centro Histórico, equipar todas as freguesias e bairros dos equipamentos sociais, culturais e desportivos adequados, criar um canil/gatil que respeite os direitos dos animais, tornar o acesso à net gratuita a todos os cidadãos do concelho com uma abrangência total do concelho.

2 – Na saúde continuaremos a exigir a construção de um Hospital novo de raiz e com a maternidade integrada nessa unidade; uma rede de transportes públicos amigos do ambiente, que possibilite a todos os cidadãos a sua plena utilização, unindo as freguesias e os bairros da cidade; fazer da Guarda um concelho tecnologicamente avançado, facilitando o acesso às redes de comunicação e informação, livre e gratuito em todo o espaço concelhio.

3 – Uma avaliação francamente negativa, onde a Biblioteca Municipal aparece como único ponto a realçar neste vazio de quatro anos de maioria absoluta do PS. Após sucessivas derrapagens, falências e outros contratempos que resultaram da incompetência política do executivo foi, finalmente, inaugurado um espaço que há muito os guardenses ansiavam.

No entanto, esta maioria PS caracterizou a sua acção por uma prepotência, arrogância sem nunca querer ouvir a opinião dos outros, sem respeito pelo direito da oposição, em claro prejuízo dos interesses dos cidadãos; onde a propriedade pública foi sendo delapidada, entregue ao privado; onde os usos e abusos do poder dos empreiteiros se sobrepuseram aos interesses dos moradores; onde a falta de transparência nos casos que envolveram a Câmara – e foram públicos – impediu que se conhecesse a verdadeira verdade; onde a dívida da Câmara subiu a um ritmo vertiginoso sem que daí resultasse qualquer obra feita; onde os impostos e os preços dos serviços aumentaram em toda a dimensão, sem olharem à crise que também vai assolando o nosso concelho; onde os direitos dos cidadãos foram sendo ressarcidos e onde os direitos dos animais o foram em igual forma; onde, em suma, a falta de direito ao direito deu na estagnação do concelho, na asfixia económica, onde a PLIE não foi a âncora anunciada e, onde, principalmente, não houve respeito pelas pessoas nem por mais de 800 anos de História.

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Manteigas

Esmeraldo Carvalhinho (PS)

Naturalidade: Manteigas

Idade: 55 anos

Profissão: Funcionário público

Local de voto: Manteigas

1 – Todo o investimento deve ter em conta a coesão económica e social de Manteigas. Para isso, a acção da Câmara assentará em políticas de criação de emprego através do uso e da promoção do potencial turístico nas suas vertentes de Natureza, Ambiente, produtos naturais, paisagem, história e cultura. Sem coesão social não há desenvolvimento, por isso, procuraremos atacar todo e qualquer foco de exclusão social, de modo a garantir uma subsistência digna para o agregado familiar. Pretendo ainda que a Câmara seja o motor de desenvolvimento económico, ao contrário do alheamento nos últimos 16 anos. Concluiremos de imediato a revisão do Plano Director Municipal e do Plano de Pormenor das Penhas Douradas. Daremos atenção ao potencial florestal do concelho. Para que Manteigas possa basear o seu desenvolvimento no crescimento do turismo, terá que ambicionar ser “Concelho de Excelência Turística”, pelo que propomos a elaboração, no curto prazo, de um Plano de Acção para um Projecto-Piloto de Concelho de Excelência Turística.

2 – O principal será a transformação em Concelho de Excelência Turística. Desse grande projecto fazem parte projectos individuais que se complementam entre si, como o acesso mecânico entre Manteigas e as Penhas Douradas, a Aldeia de Montanha com o mesmo nome e os percursos pedestres. Outros projectos de grande impacto poderão considerar-se o aproveitamento das águas termais para fins lúdicos e, na área empresarial, a compra, por valor justo, da antiga fábrica da Sotave que, depois de subdividida com projecto adequado, servirá para acolher pequenas e micro empresas de diversas áreas de actividade. Bater-nos-emos igualmente pela construção dos túneis da Serra da Estrela, sem os quais o projecto turístico deste concelho ficaria incompleto.

3 – Foi mais um mandato de ilusões e de promessas por cumprir. Um mandato sem o tão badalado “Campo de Golfe de Vale de Amoreira com hotel de quatro estrelas e habitações de luxo”, de gestão ruinosa do Ski Parque, sem o Plano de Pormenor das Penhas Douradas e do PDM, que duram há dez anos e de ante-projectos que nunca chegaram a ser projectos, mas que gastaram dinheiro a rodos, caso do Centro Lúdico-Termal, da Via de cintura Externa, que não passa de um conjunto de remendos mal deitados. Os financiamentos foram gastos e não investidos no futuro da população. “Derreteram” centenas de milhares de euros na construção de muralhas e estrada que não serve o interesse geral da população… O município está hoje mais endividado, e o concelho mais pobre… Foi um mandato que os manteiguenses não querem ver repetido e, por isso, pugnam agora pela mudança.

José Manuel Biscaia – PSD

Naturalidade: Sameiro (Manteigas)

Idade: 60 anos

Profissão: Empresário

Local de Voto: Sameiro (Manteigas)

1 – Em sentido lato consideramos que não compete à Câmara condicionar ou determinar as áreas de investimento em Manteigas. Reservamos essa competência para os potenciais investidores que terão na Câmara Municipal um interlocutor privilegiado para o desenvolvimento dos seus projectos.

Neste domínio, os contactos que temos vindo a desenvolver permitem-nos um moderado optimismo em relação à concretização de projectos privados que potenciam o aproveitamento de potencialidades locais. Competirá também à Câmara prosseguir o seu investimento no capital humano, propiciando uma oferta qualificada no ensino profissional, colaborando com as Escolas, continuando a atribuir prémios de mérito escolar e bolsas de estudo para o ensino superior. Prosseguiremos o ordenamento do território com a conclusão, em 2010, da revisão do PDM e do Plano de Pormenor das Penhas Douradas.

Exigiremos que se concretizem as anunciadas melhorias nas acessibilidades ao Concelho.

Daremos prioridade à construção do Centro Lúdico-Termal, insistiremos junto do Governo para que seja dado parecer favorável à construção do Centro de Alto Rendimento, avaliaremos a oportunidade e a rentabilidade da elevação mecânica para as Penhas Douradas (a verdadeira e única Estância de Montanha do país), construiremos o Centro Nacional Interpretativo de Energias Renováveis, concretizaremos a ampliação e requalificação da Biblioteca Municipal, prosseguiremos a regeneração urbana, construiremos um silo-auto com lojas comerciais e apoiaremos a Banda Boa União para a construção da Escola de Música, sede e espaço museológico. Concluiremos a rede de 200 quilómetros de percursos pedestres e de BTT, incluindo um percurso urbano de apoio à visitação.

2 – A transformação das Penhas Douradas numa verdadeira Estância de Montanha, um projecto ambicioso que obviamente não é concretizável na sua plenitude no curto espaço de quatro anos; a construção do Centro Lúdico termal, com alojamento, restaurante, piscinas aquecidas, SPA, tratamento termal, balneários, etc, a construção do Centro Nacional de Interpretação de Energias Renováveis

3 – Melhorar os programas sociais, designadamente reduzindo ou isentando de pagamento os serviços de água, resíduos e saneamento para idosos, casais desempregados e novos casais com baixos rendimentos; duplicação do apoio à constituição de família e fixação de residência; comparticipação nos medicamentos de idosos com baixos rendimentos; alargamento de 40 para 60 bolsas para frequência do ensino superior e reforçar de 6 mil para 10 mil euros por cada posto de trabalho criado em Manteigas.

José Maria Saraiva – CDU

Naturalidade: Manteigas

Idade: 59

Profissão: Reformado

Local de voto: Manteigas

1 – Pelas pessoas! É fundamental que os cidadãos recuperem os ideais de Abril e se envolvam no futuro de Manteigas. E é com todos os manteiguenses que se têm de encontrar respostas para travar a saída dos jovens do concelho, por falta de soluções de emprego.

Manteigas tem, necessariamente, que se revelar através dos valores naturais que possui, com uma estratégia completamente diferente da que tem sido seguida pelas anteriores Câmaras, fazendo jus da condição, única, de ter o seu território totalmente inserido no primeiro e maior parque natural do país. A intervenção do Parque Natural da Serra da Estrela no concelho terá de ser substancialmente diferente da actual, sem prejuízos ou danos para os direitos dos habitantes, que não queremos ver preteridos em benefício de uma falsa conservação.

O valor da paisagem é mais importante que a soma que possa reverter para os cofres do município do conjunto de torres de energia eólica. É bom que quem anuncia a instalação destas infra-estruturas, entenda que há agentes a investir no concelho que o fazem a partir de valores que admiram e que potenciam os seus investimentos. Seria inteligente não os defraudar!

As vias de comunicação são um elemento importante, nem sempre bem conseguido, porque, também nesta matéria, se fizeram ouvidos surdos às opiniões dos cidadãos.

2 – A aposta nos manteiguenses e a criação de condições para a instalação de micro, pequenas e médias empresas. Temos ideias muito claras sobre a edificação de um complexo, com várias valências, que pode trazer muito mais pessoas, revelando uma dinâmica capaz de motivar o interesse dos potenciais investidores na área do turismo, nomeadamente hoteleira, que se revela um segmento que qualquer pessoa com responsabilidades não pode hoje ignorar.

3 – O absolutismo e a fraca expressão da oposição escureceram este mandato. Os projectos que foram ou estão a ser executados desenvolvem-se numa perspectiva desagregada, onde não se vislumbra nenhuma orientação que passe para os cidadãos ideias claras sobre o futuro de Manteigas. Pior ainda quando se comprometem verbas em infraestruturas que, em vez de se potencializarem com mais-valia, se tornam em mais encargos para o município.

Temos que reconhecer que o pelouro da área social se destacou, anulando completamente toda a restante actividade camarária. Mas é pena que se tenha mostrado uma dinâmica típica das agências de viagens, com evidentes suspeições sobre as verdadeiras razões e que pronunciam mais a manutenção e consolidação do eleitorado que uma politica consistente para os idosos e a juventude.

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Mêda

Armando Carneiro (PS)

Naturalidade: Mêda

Idade: 53 anos

Profissão: Empresário

Local de voto: Mêda

1 – É urgente contrariar as políticas que não criem investimento e é necessário fomentar o auto-emprego. Somos um concelho envelhecido e muito despovoado, não podemos olhar para o lado e pensar que tudo se resolverá por acaso, é necessário apoiar o comércio tradicional e apostar nas pequenas e médias empresas que existem e as que desejem fixar-se no nosso concelho. Somos um concelho agrícola e este sector tem sobrevivido com muita dificuldade, pelo que se torna urgente intervir com politicas de apoio e de informação para que a agricultura seja uma aposta com futuro. Não podemos esquecer o património e o seu potencial, sendo importante preservá-lo, desenvolvê-lo e potenciá-lo através do turismo.

2 – Os grandes projectos que tenho envolvem vários sectores, não se pode ter projectos isolados, é importante a transversalidade e a dinâmica que podem criar. Por isso, a agricultura, o turismo, uma rede social mais operante podem ser geradores de uma melhor qualidade para os munícipes. Através de uma cooperação entre sectores podemos criar mais riqueza e mais emprego. Só assim é que poderemos contrariar a tendência de abandono e despovoamento verificada nestas duas décadas. Não podemos permitir que continuemos a ser um dos concelhos que mais população tem perdido no distrito nestes últimos anos.

3 – Não tenho que fazer essa avaliação, porque será feita no próximo dia 11 de Outubro por todos os medenses.

Manuel Frade (CDU)

Naturalidade: Marialva (Mêda)

Idade: 49 anos

Profissão: Comerciante

Local de voto: não referido

1 – O investimento deve passar por desenvolver uma das maiores Aldeias Históricas do país, Marialva, que é a que dá mais nome ao concelho; criação de mais emprego e mais apoio à agricultura, uma das riquezas da região.

2 – Os meus três grandes projectos são criar condições para os jovens a nível desportivas, que é uma das coisas em que a região esta carente; criação de um museu, com a demonstração de toda a História do Concelho e dar melhores condições aos empresários para que possam investir mais na região. Há um bom local, no Alto da Paiola, para criar, por exemplo, uma estalagem, com pensão, restaurante, entre outras coisas.

3 – Só tem desenvolvido a cidade, no resto do concelho pouco ou nada tem feito. Em Marialva, por exemplo, a aldeia que dá nome ao município, nada foi desenvolvido nestes quatro anos, tal como nas restantes freguesias.

João Mourato (PSD)

Não respondeu

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Penamacor

Ana Paula Pires (CDU)

Naturalidade: Penamacor

Idade: 49 anos

Profissão: Educadora de infância

Local de voto: Conceição (Covilhã)

1 – O concelho tem atrasos estruturais em áreas fundamentais para o bem-estar das populações, que têm levado ao abandono das freguesias por parte dos mais novos. Em resultado das políticas desastrosas dos últimos governos, o concelho está deprimido económica e socialmente, marginalizado pelo poder central e, por isso, cada vez mais afastado dos outros concelhos do distrito, como das regiões do litoral. As políticas sociais têm, pois, um carácter estratégico. No entanto, as respostas não serão suficientes se os Governos não desenvolveram estratégias para o país e para esta região que favoreceram o investimento na educação e formação, saúde, emprego, acessibilidades e vias de comunicação. E se a própria autarquia não tiver uma estratégia para reivindicar e lutar por estas opções.

2 – Se houver eleitos da CDU nos órgãos autárquicos, vamos diversificar e desenvolver a indústria e as actividades económicas, valorizar o parque industrial e melhorar as acessibilidades. A ligação de Penamacor à A 23 e ao IC 31 são opções estratégicas primordiais para o desenvolvimento económico do concelho. Vamos também defender a agricultura, com apoio efectivo à agricultura tradicional para que tenha valor económico, e a floresta.

3 – O concelho – já o afirmava há 4 anos – está deprimido económica e socialmente. No concreto, a civilização passa veloz, esquecida de nos bater à porta. Isto tem acontecido porque as forças políticas que têm estado a comandar os destinos da Câmara (onde tem havido transferências entre “clubes” para se estar em melhor situação de não deixar o poder) instalaram-se e nada fizeram para inverter o rumo deste concelho. E a Câmara é a primeira linha de defesa (ou de desvalorização) da qualidade de vida dos cidadãos…

Vitor Gabriel (PSD/CDS/MPT)

Não respondeu

Domingos Torrão (PS)

Não respondeu

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Pinhel

António Ruas (PSD)

Naturalidade: Coimbra

Idade: 53 anos

Profissão: Engenheiro Civil

Local de voto: Pinhel

1 – Uma das prioridades é fomentar a empregabilidade através do incentivo à criação de empresas baseadas no aproveitamento dos recursos endógenos. Por outro lado, queremos concretizar projectos na área das energias renováveis e concluir a construção de infraestruturas e equipamentos públicos que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das populações.

2 – Temos inúmeros projectos em curso e outros que queremos concretizar, porque são fundamentais para a afirmação e desenvolvimento do concelho. Destaco:

1 – A continuação da EN 324 com ligação à A23 (nó de Marialva);

2 – A concretização de projectos de renovação urbana da cidade, como a conclusão dos novos Paços do Concelho e da Casa da Cultura, e a revitalização da Praça Sacadura Cabral e envolvente;

3 – O apoio à implantação de novas indústrias e à criação de empresas.

3 – As primeiras medidas virão na sequência de um projecto iniciado há oito anos e ao qual queremos dar continuidade, de acordo com as prioridades enunciadas nas respostas anteriores.

Rui Teixeira (PS)

Naturalidade: Espinho

Idade: 54

Profissão: Médico

Local de voto: Pinhel

1 – Dinamização do emprego, promoção e comercialização dos produtos locais, estruturas desportivas (complexo desportivo e piscinas municipais), completar as estruturas básicas do concelho (abastecimento de águas, saneamento e vias rodoviárias), aproveitar as potencialidades do concelho no turismo para criar mais-valias em termos económicos, promover a construção de um parque empresarial junto à A25 e a ligação de Pinhel ao IP2

2 – Promover e apoiar a instalação de empresas, constituir um gabinete de apoio à criação de empresas, promover medidas facilitadoras de criação de emprego, dinamizar a actual zona industrial e promover a construção de um parque empresarial junto à A25. Piscinas municipais com programa de aprendizagem, criar a Rota de Vinho de Pinhel, o Museu do Vinho e da Vinha e o Museu dos Bombeiros. Vamos definir igualmente um pólo de atracção turística, favorecer o aparecimento de estruturas de apoio ao turismo, dialogar com os municípios do Vale do Côa e raia espanhola para criar um programa turístico inter-municipal, promover o intercâmbio de turismo juvenil e tomar medidas para a recuperação da zona histórica.

3 – Este mandato foi semelhante ao anterior, caracterizando-se por intervenções ao acaso e nunca integradas num projecto de desenvolvimento para o concelho. O endividamento da Câmara hipotecou o futuro do concelho em termos de desenvolvimento. Houve perda de empregos sem se tomarem iniciativas para a defesa dos mesmos e muito menos para fomentar a criação de outros. Foram feitas promessas que continuam por cumprir. Algumas estruturas construídas não têm tido o aproveitamento que se previa, sendo um centro de custos sem benefícios evidentes para o concelho e suas gentes. Não houve qualquer apoio à agricultura nem ao comércio.

Joaquim Luís Ferreira (CDU)

Não respondeu

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Sabugal

Ana Charters (CDS)

Naturalidade: Lisboa

Idade: 58

Profissão: Secretária de Paulo Portas no CDS

Local de voto: Lisboa

1 – O investimento camarário terá de privilegiar os mais jovens para que queiram viver aqui, mesmo depois de terminarem os estudos. Haja juventude no Sabugal e haverá vida e futuro. Mas o investimento deverá passar também pelo apoio aos mais idosos e por uma diferente concepção de interagir com os mais velhos. E a Câmara deverá investir no investimento, isto é, criar, facilitar e simplificar condições para que quem quer investir não se depare com um muro burocrático.

2 – Felizmente, sou das que pensa que isto não vai apenas com três grandes projectos. Mas a fixação dos mais jovens, o apoio aos mais idosos num formato mais inovador e a criação de medidas atractivas para as gentes de fora são as minhas prioridades.

3 – É sempre possível fazer mais e, porventura, melhor. Não quero discutir as opções tomadas, mas sou muito crítica relativamente à velocidade imprimida pela actual Câmara – toda ela – para pôr em prática as próprias opções que fez.

António Dionísio (PS)

Naturalidade: Sabugal

Idade:51 anos

Profissão:Chefe de Finanças

Local de voto:Sabugal

1 – População envelhecida, índices de regeneração demográfica muito negativos, a que se associa um tecido empresarial reduzido, tudo isso tem provocado uma perda continuada de competitividade e atractividade face aos concelhos vizinhos. Por outro lado, e de forma algo surpreendente, este é um município onde ainda se registam insuficiências a nível das infraestruturas mais essenciais ao bem-estar das populações. Mais de 20 freguesias têm graves deficiências a nível de abastecimento de água; inexistência ou irregular funcionamento dos sistemas de saneamento; mau estado generalizado dos caminhos rurais, associado a uma rede de ligações viárias inacabada ou em mau estado entre freguesias; péssima cobertura das redes de comunicações móveis; etc. O quadro esboçado define, à partida, as prioridades de investimento municipal nos próximos quatro anos. Além dessas, vamos apostar na criação de condições locativas que tornem o Sabugal mais competitivo e mais atractivo, a que se associam políticas activas de captação de investimento. Queremos também afirmar o concelho enquanto destino turístico e apostar no sector agrícola, sem esquecer a melhoria das ligações viárias externas à A23, à A25 e a Espanha.

2 – O objectivo último é transformar o concelho num território competitivo e atractivo para nascer, crescer, viver, trabalhar, investir, envelhecer e visitar, promovendo de forma sustentada a qualidade de vida dos sabugalenses. Por outro lado, a inversão da situação em que o concelho se encontra faz-se com trabalho e dedicação, negociando e estabelecendo parcerias com as Juntas, as instituições sociais, culturais, desportivas e empresariais e com as pessoas em geral. Deixo para os outros apregoarem e prometerem mundos e fundos.

3 – O meu programa eleitoral é claro e revelador de que as minhas prioridades são diferentes das que até hoje foram prosseguidas pelo actual executivo municipal.

António Robalo (PSD)

Naturalidade: Ruvina (Sabugal)

Idade:52 Anos

Profissão: Eng. Electrotécnico

Local de voto: Ruvina (Sabugal)

1 – As linhas orientadoras do meu plano de acção são o resultado de um trabalho de projecto de Concelho que temos vindo a desenvolver há 12 anos e da integração de realidades, vivências e conhecimento profundo que tenho do concelho e do pragmatismo da gestão autárquica, tendo em conta os recursos, as condicionantes e variáveis externas. Este plano tem seis eixos de acção são eles um concelho empreendedor, atractivo, solidário, equilibrado, jovem e empregador e um concelho de educação, formação e cultura.

2 – Projectos estruturantes e estratégicos. Permitam-me que refira 4: Parque Termal do Cró; Ligação A23/Fronteira; Parque de Campismo; Zonas de Localização Empresarial

3 – Mais que uma medida, uma acção: reunir com os colaboradores da autarquia e com os grupos/associações representativos das actividades estratégicas propostas no meu plano de acção e com representatividade local.

Joaquim Ricardo (MPT)

Naturalidade: Aldeia de Santo António (Sabugal)

Idade: 56 anos

Profissão: Dirigente da Administração Pública

Local de voto: Aldeia de Santo António

1 – É a promoção de uma politica potenciadora da criação de postos de trabalho que estagne a desertificação que assola todo o território concelhio e crie condições para a fixação dos jovens. Depois, e ao contrário das restantes candidaturas, a nossa coloca as pessoas em primeiro lugar. Os partidos que governaram a Câmara nos últimos 30 anos (PSD, PS, CDS), esqueceram-se que no concelho existem pessoas e estas desejam ser tratadas como tal. Os partidos responsáveis complicaram em vez de simplificar procedimentos administrativos.

2 – Destaco, entre outras medidas, a desburocratização dos serviços camarários, simplificando procedimentos e criando o “serviço na hora”; a criação de pólos industriais ao longo do território, que sirvam várias freguesias, e disponibilizar equipamentos às empresas que queiram instalar-se no concelho. Por último, e no sector primário, vamos promover a produção de castanha em larga escala, criando uma parceria público-privada que desenvolva este projecto desde a criação de árvores, à sua plantação e comercialização dos produtos.

3 – Foi um mandato de costas voltadas para as pessoas. Os serviços produzidos pela autarquia foram de fraca qualidade e de enorme morosidade. O incentivo à construção foi de tal maneira gravoso e negativo que, para além da morosidade (chegam a demorar um ano!) na passagem das respectivas licenças de construção, custam nalguns casos dez vezes mais do que se paga em concelhos nossos vizinhos. O apoio às empresas foi praticamente inexistente e o praticado de fraca qualidade – uma unidade industrial pronta a funcionar espera há quatro anos por um ponto de electricidade! Em resumo: foi um mandato que essencialmente concluiu as obras previstas no anterior. Foi um mandato sem um projecto nem um rumo.

José Monteiro (CDU)

Naturalidade: Sabugal

Idade: 48 anos

Profissão: Economista

Local de voto: Loures

1 – Deve passar pela aposta em projectos que assegurem o desenvolvimento de quatro eixos fundamentais para um concelho economicamente viável, socialmente coeso e solidário, vivo, aliando a tradição à modernidade, e sustentável para as gerações futuras. O objectivo é fixar população e dar qualidade de vida aos seus habitantes

2 – Introduzir no os princípios da Gestão Pública Participada – gestão dos bens públicos com a participação dos cidadãos em todos os momentos cruciais da vida autárquica, nomeadamente nas elaboração das Grandes Opções do Plano (Escolha dos investimentos e actividades) e Orçamentos e na elaboração de todos os Planos de Ordenamento. Descentralização da realização das reuniões de Câmara e Assembleia Municipal, de forma a fomentar a participação das populações. Fazer do Sabugal um pólo de atracão turística, através da valorização do património natural e edificado, destacando-se a implementação de uma Rota dos Castelos, a reabilitação dos núcleos históricos e principais aldeias do concelho, o fomento do turismo rural e turismo de lazer e saúde e a reabilitação dos moinhos existentes. Valorizar e difundir a cultura e a gastronomia local, recuperação, em colaboração com as escolas, da Gíria Quadrazenha, constituir um pólo museológico do contrabando e da emigração são outros projectos.

3 – Serão os eleitores a avaliar o mandato que agora termina. Nós temos a certeza que há formas diferentes e melhores de trabalhar, de responder às necessidades. Nós apresentamo-las.

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Seia

Carlos Camelo (PS)

Naturalidade: Sé (Guarda)

Idade: 49 Anos

Profissão: Professor do Ensino Secundário/Economista

Local de voto: Seia

1 – A aposta deve passar por uma actuação sobre os modernos factores de competitividade: as qualificações, a inovação, a tecnologia, a energia, as acessibilidades e o ambiente para os negócios – como forma de possibilitar a criação sustentável de mais e melhores oportunidades de investimento e emprego para se contrariar o despovoamento. O objectivo é assegurar às populações e empresas bens e serviços tão importantes como as acessibilidades, a produção e distribuição de energia (eólica e hídrica), escolas de qualidade, equipamentos sociais, serviços de abastecimento de água e saneamento e criar condições para a realização de investimento privado, mormente nas áreas do turismo e agro-alimentares.

2 – Promover o emprego; reforçar as politicas sociais para reduzir as desigualdades; valorizar os recursos naturais; mais qualidade de vida, mais participação cívica e incentivar o associativismo. A essas, junto as novas vias de comunicação para maior competitividade: a concretização dos IC´s (IC6+IC7+IC37); atingir cem por cento nos níveis de atendimento das infraestruturas ambientais e nos sistemas de recolha de resíduos e construir a Casa do Clima, na área do Parque Geo-Ecológico da Srª. do Desterro.

3 – Vencendo, gostaria que a minha primeira medida fosse a do lançamento de um concurso para a implementação de um modelo de desmaterialização e controlo de processos internos e monitorização da implementação das ferramentas de gestão documental no município.

Luís Caetano (PSD/CDS)

Não respondeu

António Abrantes (CDU)

Não respondeu

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Trancoso

Armando Morais (CDU)

Naturalidade: Castanheira do Ribatejo (Vila Franca de Xira)

Idade: 63 anos

Profissão: Operário Metalúrgico

Local de voto: Boidobra (Covilhã)

1 – Dotar o concelho de um Plano Estratégico de Desenvolvimento, tendo em conta a realidade sócio-económica, da qual destaco a agricultura, como principal actividade da população. Pelo que é obrigatório dar mais atenção aos seus problemas, nomeadamente o escoamento das suas produções, dando-lhes apoio técnico e para orientarem, ou reorientarem as suas produções tradicionais, como a castanha, a batata, a vinha e o vinho, os frutos secos. O incentivo à criação de emprego, além da agricultura, na captação de investimento e instalação de empresas de pequena e média dimensão, não poluentes. E o incentivo à criação de emprego em sectores dos serviços (ligados à população sénior). Ainda na Agricultura, proceder à reflorestação qualificada dando preferência às espécies autóctones, como carvalhos, castanheiros e similares.

2 – Não indicaria grandes projectos pela razão de que os grandes investimentos não geram, por si só, um desenvolvimento de todo o concelho, como se comprova pelos investimento concentrados (apenas e só) na cidade não geraram o progresso do concelho como um todo, continuando as freguesias rurais a morrer aos poucos.

3 – Embora considere que o balanço deve ser feito pelo eleitorado, a quem foram feitas as promessas há quatro anos atrás, tenho opinião que a perda sistemática de população atesta a incapacidade do actual executivo em oferecer condições para a população se fixar e não necessitar de emigrar e imigrar para ganhar o seu sustento.

Júlio Sarmento (PSD)

Naturalidade: Moçambique

Idade: 52 anos

Profissão: Advogado

Local de Voto: São Pedro (Trancoso)

1 – Trancoso está a implementar o seu Plano Estratégico de Desenvolvimento, elaborado para um horizonte de médio prazo, que aponta os sectores do comércio, dos serviços e turismo, como âncora do seu crescimento económico, geradores de emprego e de uma nova competitividade. O nosso programa aponta para 10 eixos estratégicos (a economia, o emprego, a educação, a juventude, cultura e património, turismo, acção social e saúde, o ordenamento, o ambiente e a protecção civil).

2 – O novo mercado municipal e centro comercial envolvente, o Museu da Cidade, que integra ainda o Centro de Interpretação da Batalha de Trancoso e o Centro de Artes, a ampliação da zona industrial e a nova área de localização empresarial junto do IP2.

3 – A principal medida a tomar destinar-se-á ao sector do comércio em Trancoso.

Amílcar Salvador (PS)

Não respondeu

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Vila Nova de Foz Côa

Luis Branquinho (CDU)

Naturalidade: Vila Nova de Foz Côa

Idade: 43

Profissão: Consultor de Sistemas de Informação

Local de voto: Pocinho

1 – Na criação de estruturas que alavanquem a actividade turística no concelho. Apoio a jovens que queiram desenvolver os seu projectos no concelho. Apoio social. Recuperação do centro histórico.

2 – Trabalhar para o aumento da capacidade hoteleira do concelho. Criação de um centro de investigação da arte rupestre do Vale do Côa e a construção do Centro de Remo do Pocinho e reabilitação do cais.

3 – “Muita parra, pouca uva”, pródigo em anúncios, curto em realizações.

Emílio Mesquita (PS)

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Gustavo Duarte (PSD)

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Autárquicas 2009
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