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Autarquia admite encerramento de mais escolas no concelho da Guarda

Governo anunciou intenção de encerrar escolas primárias que «não tenham condições»

O vice-presidente da autarquia, Virgílio Bento, admitiu a possibilidade de serem encerradas «três ou quatro escolas» do 1º ciclo no concelho da Guarda já no próximo ano letivo. À margem da última reunião de Câmara, realizada anteontem, o vereador ressalvou que «a maioria dos estabelecimentos de ensino vai manter-se».

Este cenário surge no seguimento da decisão do governo de fechar as escolas primárias com menos de 21 alunos. De acordo com Virgílio Bento, a autarquia já reuniu com o Ministério da Educação, tendo-se chegado a um «consenso». «Há escolas que têm de encerrar e esses alunos serão redirecionados para o futuro Centro Escolar da Sequeira», esclareceu o autarca, que, no entanto, se escusou a precisar quais serão os estabelecimentos de ensino que fecharão. Segundo levantamentos realizados pelas Câmaras Municipais do país, aponta-se para que, no total, encerrem cerca de 600 escolas, mas a ministra Isabel Alçada ainda não quis adiantar um número oficial. Apenas confirmou que vão deixar de existir os estabelecimentos que não «têm salas adequadas, cantina, instalações desportivas ou biblioteca».

Numa época de “aperto do cinto”, o Orçamento de Estado para 2011 prevê também uma fatura mais pesada da água para quem não pagar atempadamente. Este ano, os munícipes que não paguem a conta até à data limite podem ver o valor triplicar. Também à margem da reunião de Câmara, o vereador Vítor Santos assegurou que isso não irá acontecer na Guarda: «Esse não é o nosso princípio. Primeiro damos o conhecimento de que a empresa ou pessoa tem determinada quantia em falta, tentamos chegar a um equilíbrio e só depois de todas as tentativas esgotadas é que partimos para via judicial», garantiu. Já durante a reunião do executivo, o tema das portagens voltou a estar em cima da mesa. O vereador social-democrata Rui Quinaz incitou a Câmara a «exercer pressão» junto do Governo. «Há unanimidade no interior sobre esta questão. A autarquia tem uma obrigação de pressionar o Governo», considerou.

Já no que diz respeito aos temas da ordem de trabalhos, destacou-se a aprovação dos objetivos operacionais da autarquia, no âmbito da qualidade, eficácia, entre outros sectores. Para Rui Quinaz e Margarida Fonseca, a proposta deste ano representa «uma boa evolução, mas ainda é insuficiente». Os social-democratas sublinharam a importância da redução do consumo de energia na rede pública (um dos objetivos previstos pela autarquia), mas criticaram os objetivos relacionados com a redução de horas extraordinárias. «Não é admissível que o número de horas extraordinárias que se fazem na Câmara seja tão elevado», sustentou Rui Quinaz.

Catarina Pinto Ministério da Educação quer encerrar escolas primárias com menos de 21 alunos

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