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Aumento de pessoal na Câmara contestado

PSD considerou que a autarquia é «o grande empregador» do concelho na falta de empresas

A possibilidade da Câmara poder vir a admitir 257 pessoas em 2011 é «escandaloso e imoral», denunciou a deputada social-democrata Helena Ravasco. Na última Assembleia Municipal do ano, o mapa de pessoal da autarquia foi aprovado por maioria, com os votos contra do PSD, Bloco e CDS.

«Estão solução não é compreensível tendo em conta os problemas financeiros do município e a redução dos apoios às Juntas e associações», acrescentou, considerando que a proposta tem «laivos de eleitoralismo». De resto, augurou que «não há Orçamento que suporte uma tão grande quantidade de funcionários, pelo que terão que despedir pessoas dentro de pouco tempo». Tiago Gonçalves, colega de bancada, pegou na ideia da autarquia como «centro de emprego» e constatou que esta é «a resposta ao desemprego crescente no concelho: já que não conseguimos trazer empresas, é a Câmara o grande empregador», disse. O deputado sugeriu que se requalificassem os funcionários actuais em vez de recrutar mais.

Do lado da maioria, Nuno Almeida esclareceu que este número de 257 lugares previsionais não significam outros tantos concursos públicos em 2011. «A haver contratações, serão muito poucas, até porque o Orçamento contraria esta intenção de contratação desenfreada que a oposição denuncia e que não faz sentido», declarou, lembrando que «não foi preenchido um único lugar» dos 177 reclamados pelos serviços para 2010. Nesta sessão, foi aprovada por unanimidade uma recomendação de Cláudia Teixeira (CDS-PP) para que a Câmara dinamize no concelho uma organização de combate ao desperdício alimentar.

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