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Auditoria às contas da Câmara quase concluída

Fornos de Algodres

A auditoria externa às contas de 2012 da Câmara de Fornos de Algodres está quase concluída, segundo o presidente do município, o socialista Manuel Fonseca que sucedeu a José Miranda (PSD) em setembro de 2013.

Escusando-se a adiantar muitos pormenores, o autarca refere apenas que «relativamente à dívida, a auditoria refere que não era aquela que só existia contratualizada com a banca. Neste momento já contabilizámos perto de três milhões de euros de dívidas que não estavam contratualizadas na Câmara, não tinham qualquer tipo de procedimento ou qualquer tipo de concurso, mas isso também já sabíamos», afirmou Manuel Fonseca, adiantando que o relatório da auditoria será apresentado em reunião de Câmara e na próxima Assembleia Municipal, em junho. Segundo o edil, a dívida contratualizada é de 30 milhões de euros, mas «apareceram mais três milhões de euros» de compromissos e alguns dos processos estão a tramitar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco porque o atual executivo não assumiu os encargos que desconhecia.

«Queremos, de uma vez por todas, saber com aquilo que contamos. Desde que este executivo tomou posse temos sido abordados por muita gente que alega que a Câmara de Fornos deve isto e aquilo. Por isso, queremos saber o que existe para podermos ter, a partir de agora, um novo caminho de sustentabilidade», sublinha Manuel Fonseca, que rejeita a ideia de fazer «“uma caça às bruxas”» com os resultados da auditoria. O município de Fornos de Algodres, um dos mais pequenos do distrito da Guarda, recorreu ao Fundo de Apoio Municipal (FAM) para renegociar a dívida e já antes, em 2009, tinha solicitado apoio do Governo num Plano de Reequilíbrio Financeiro que implicava a contração de um empréstimo de 35 milhões de euros para sanear as suas contas.

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