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Associações Empresariais apoiam sociedades e pessoas afectadas pelos incêndios

A disponibilização pelo Governo de mecanismos de apoio às pequenas e médias empresas é o maior apelo da AIP e das associações empresariais das regiões mais afectadas pelos fogos

Alertar o Governo para a necessidade urgente de disponibilizar mecanismos de apoio às pequenas e médias empresas é a principal decisão que saiu da reunião promovida a 19 de Agosto pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) com as Associações Empresariais das regiões mais afectadas pelos incêndios que devastaram muitas empresas, máquinas industriais, equipamentos e “stocks”, para além de muitas casas, animais, produções agrícolas e milhares de hectares de floresta.

Num comunicado a propósito das “Consequências da Vaga de Incêndios nas Economias das Regiões mais Afectadas”, a AIP e as associações empresariais representadas, entre as quais o NERGA – Associação Empresarial da Guarda, e o NERCAB – Associação Empresarial da Região de Castelo Branco, consideram que o Estado deverá disponibilizar mecanismos de apoio de emergência às empresas afectadas pelos incêndios, desde que estes sejam «processos desburocratizados». Paralelamente, acordam que o Governo deverá dinamizar «programas de formação e requalificação profissional dos trabalhadores afectados» de modo a voltar a inseri-los no mercado de trabalho. Num segundo nível, as 11 associações consideram que o Governo deverá definir «mecanismos excepcionais de apoio» às empresas que sofrerão «a curto prazo» as consequências dos fogos, tais como a escassez de matéria-prima ou a recessão dos mercados locais e regionais. Por último, defendem a implementação de programas específicos para «dinamizar e estimular a actividade económica e empresarial» das regiões afectadas, de modo a impulsionar a criação e o desenvolvimento de novas unidades empresariais.

A AIP e as Associações Empresariais vão ainda propor às organizações empresariais ligadas à fileira florestal, nomeadamente a CAP e a CIP, a realização de uma reunião conjunta com o objectivo de analisar a situação estrutural e propor estratégias de desenvolvimento económico destas regiões, que sempre se apresentaram como «zonas carenciadas, com fraca dinâmica empresarial e de geração de emprego», subscrevem. Com esta medida, os empresários pretendem dar o seu contributo para a «inadiável reformulação de uma política para a floresta portuguesa». As subscritoras de um documento com oito pontos mostram-se também disponíveis para continuar a apoiar as vítimas dos incêndios, colaborando com as autarquias e os Governos Civis nas campanhas de solidariedade, disponibilizando para isso materiais de construção, equipamentos, mão-de-obra e serviços.

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