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Associação Cristã da Mocidade continua com salários em atraso

Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços garante que trabalhadores estão sem receber desde Novembro de 2007

De acordo com o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) da Covilhã, a ACM – Associação Cristã da Mocidade (ACM) da Beira Interior tem salários em atraso para com os nove trabalhadores da instituição desde Novembro de 2007.

O dirigente daquela estrutura sindical garante que há 20 mil euros em falta, acusando ainda a direcção da instituição covilhanense de exercer «pressão» sobre os seus funcionários, de modo a que avancem para a rescisão de contrato. Em dívida estarão os salários relativos aos meses de Novembro e Dezembro de 2007, bem como de Janeiro, Fevereiro e Março de 2008 e ainda o subsídio de Natal do ano passado. António Pinto, dirigente do CESP na Covilhã, garante que as pessoas «têm sido empurradas» para a rescisão por mútuo acordo, denunciando que o dia-a-dia dos trabalhadores é «extremamente complicado», uma vez que «é de futuro incerto e de salários em atraso».

«Não é possível viver assim» e os trabalhadores «estão fartos desta situação que se arrasta há alguns anos e não vêem, por parte da direcção, vontade para a resolver», uma vez que o «diálogo tem sido difícil», lamenta.

O sindicalista revela que, actualmente, a ACM «ainda tem nove trabalhadores», sendo que em 2005, quando o sindicato denunciou pela primeira vez a existência de salários em atraso, «o presidente dizia que tinha 80 trabalhadores», recorda. Segundo António Pinto, a «direcção só quer manter o lar a funcionar», isto porque é a valência «que ainda vai dando algumas receitas», enquanto o Centro de Emprego Protegido, que só já tem dois trabalhadores, deve ter os dias contados. Argumentando que a situação dos trabalhadores está «bastante complicada», o CESP já alertou a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para o que se está a passar na ACM. Com esta acção, o sindicato espera que «sejam pagos alguns salários» e que haja uma «actuação em termos pedagógicos junto da direcção». De resto, António Pinto assegura que a estrutura sindical está disponível «para dialogar com o intuito de chegarmos a acordo, mas o diálogo que temos tido tem sido em tribunal», denuncia. O INTERIOR tentou obter uma reacção de Joaquim Gaspar, presidente da direcção da ACM da Beira Interior, às acusações feitas pelo CESP mas, apesar das várias tentativas, não foi possível chegar à fala com o responsável até ao fecho desta edição.

Ricardo Cordeiro

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