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Associação Comercial da Guarda apoia internacionalização de associados

Para Paulo Manuel, «é difícil as empresas serem bem sucedidas num mercado local esgotado»

A Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG) divulgou na semana passada o seu plano de atividades para 2012. O apoio à internacionalização e modernização de empresas, bem como a promoção turística e gastronómica da região, são as linhas mestras destas ações, cujo orçamento ronda o milhão de euros. O objetivo é apoiar os empresários do distrito a ultrapassar a crise.

Em conferência de imprensa, Paulo Manuel realçou a importância da internacionalização das empresas, considerando tratar-se de «um assunto cada vez mais premente dada a fragilidade do mercado regional e nacional». Para o presidente da ACG, «neste momento a realidade do distrito da Guarda é complicada por conta da crise geral do país e da crise profunda do interior, a que se juntam as más políticas. Nesse contexto, as empresas que queiram continuar a viver apenas do mercado interno vão ter grandes dificuldades». Daí que a Comercial encoraje o estabelecimento de empresas da região em mercados como o espanhol e os países lusófonos. Para as apoiar, a ACG prevê implementar o Projeto Gesnet, centrado na criação de uma rede info-empresarial com um portal exclusivamente dedicado ao empreendedorismo e à internacionalização.

O raio de ação neste âmbito engloba também a prestação de apoio na consultoria e a realização de um ciclo de seminários sobre a internacionalização, bem como a partilha de casos de sucesso, Isto porque o processo de internacionalização de negócios representa, para Paulo Manuel, «um risco muito grande», daí que a associação pretenda apoiar devidamente os empresários para que o procedimento seja feito «com pés e cabeça, baseado em estudos de mercado e avaliações corretas». O apoio incidirá nos setores do turismo, agro-alimentar e rochas ornamentais. No próximo ano, a ACG também avançará com o projeto “Guarda Prestige”, de promoção da modernização e divulgação do comércio tradicional, e com a terceira fase do programa “Dinamizar”, dirigida às áreas da consultoria e da formação, entre outras ações.

Será ainda lançado um roteiro turístico distrital, que servirá para «apoio ao turista» e para a promoção da região. Outra aposta é a elaboração de um roteiro gastronómico, para providenciar «informação fácil para quem nos visita acerca da oferta turística e de restauração», referiu Paulo Manuel. A Comercial prevê avançar igualmente com uma nova imagem corporativa e com a reconversão do logradouro da sede, tendo em vista a criação de 40 lugares de estacionamento para associados e clientes das lojas do centro histórico.

Comércio da Guarda vendeu menos 40 por cento no Natal

Em jeito de balanço, Paulo Manuel referiu que 2011 foi «um ano muito bom para a ACG, tanto do ponto de vista dos projetos como em termos financeiros, uma vez que conseguimos estabilizar a dívida, amortizando 70 mil euros de um total de 97 mil».

Contudo, «foi um ano para esquecer em termos empresariais e associativos, pois, em geral, os nossos associados, com as dificuldades com que se debateram nas suas empresas, tiveram pouca disponibilidade para a política associativa». E para 2012 não se anteveem melhorias, uma vez que, segundo Paulo Manuel, «este Natal registou-se uma quebra de vendas superior em relação a anos anteriores, e que pode ultrapassar os 40 por cento. Este dado é preocupante e vem acentuar ainda mais a crise em que se encontra o comércio, principalmente por se tratar da quadra natalícia, que é sempre o período que o comerciante encara como uma tábua de salvação». Estes dados levam o presidente a avisar que «os encerramentos de estabelecimentos comerciais podem acelerar-se depois desta quadra».

Plano de atividades da ACG para 2012 está orçado em cerca de um milhão de euros

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