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Associação Comercial critica Polis por avanços e recuos na Praça Velha

ACG esclarece que paragem terá ficado a dever-se a três comerciantes da zona e a um morador

A Associação Comercial da Guarda (ACG) já reagiu às críticas de Jorge Leão, na semana passada n’ “O Interior” a propósito do “pára-arranca” na Praça Velha. Em comunicado, emitido ao final da tarde da passada quinta-feira, a direcção refutou as acusações do empresário e realça que é «necessário» distinguir a posição de três comerciantes dos restantes.

Esclarece por isso que a dita reunião, cujas conclusões diz desconhecer, terá acontecido com esses associados apenas, pois a maioria «defende a continuidade das obras e o seu término com a maior brevidade possível». A nota critica ainda a sociedade PolisGuarda: «Compreendemos o seu comportamento quando pediram a paragem das obras, atento o crescente prejuízo que os vem afectando, o que não se compreende é a posição do PolisGuarda, que, perante esta situação, actuou da forma que actuou, parando as obras em detrimento dos interesses da globalidade dos comerciantes e moradores da zona», lamentou a ACG. Entretanto, estava previsto realizar-se na sexta-feira mais uma reunião entre as partes para garantir o recomeço e a continuidade dos trabalhos, mas não foi possível conhecer as conclusões desse encontro por indisponibilidade de António Saraiva, director-executivo da sociedade de requalificação urbana.

Recorde-se que o representante do consórcio encarregue da obra responsabilizou na semana passada os comerciantes pelo atraso das obras. «A este ritmo temos obra até ao fim do ano», disse Jorge Leão, farto de ser responsabilizado pelas sucessivas paragens na Praça Velha. O engenheiro devolveu as acusações e garante que os trabalhos só não não avançam mais rapidamente por causa da pressão dos comerciantes. «A morosidade da intervenção está a ser o reflexo do tipo de actuação que impuseram ao Polis. São eles que estão a marcar o ritmo dos trabalhos, não é o empreiteiro que não quer avançar», defendeu-se o responsável da António Rodrigues Leão (ARL) Construções, que venceu o concurso público em consórcio com a Abrantina. A empreitada está a decorrer desde Setembro de 2004 e a sua conclusão já foi adiada por três vezes, tendo o PolisGuarda indicado agora o final deste mês, uma data que também não será viável.

Este “pára-arranca” não agradou a Jorge Leão, para quem a totalidade da requalificação poderia ficar concluída no final de Agosto, data que consta da prorrogação entretanto solicitada ao PolisGuarda. «A pressão dos comerciantes e as opções até agora tomadas pelo dono da obra garantem transtornos a todos os níveis, de menor dimensão, mas durante muito mais tempo», acusa o responsável da ARL, que criticou a metodologia de avançar por zonas. «Se pudéssemos trabalhar integral e sistematicamente, a obra demorava menos tempo, embora o impacto negativo fosse maior», referiu, adiantando que o consórcio já só quer terminar o trabalho e sair dali «o mais rapidamente possível».

Luis Martins

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