Antigos estudantes do “Rocha” querem perpetuar a história daquele emblemático estabelecimento de ensino da Guarda
Um grupo de antigos alunos decidiu criar uma associação académica para «perpetuar» o Colégio de S. José, na Guarda, que hoje funciona como conservatório de música. Com esta entidade, pretendem não só a «troca de conhecimentos e velhas experiências», mas também uma «interligação com os atuais estudantes», explicou Albino Bárbara, um dos elementos da comissão instaladora, durante a apresentação da associação na passada quinta-feira.
Os antigos estudantes já tinham por hábito encontrarem-se anualmente, mas sentiram necessidade de «prolongar e relançar» esta ligação ao colégio católico que lhes deus «os primeiros ensinamentos». Mas para que esta associação «não se limite aos antigos alunos, queremos estar neste presente e fazer o futuro», sublinhou Albino Bárbara, acrescentando que a sede ficará no colégio, o que permitirá maior ligação com os alunos do atual conservatório. Por sua vez, o bispo da Guarda, D. Manuel Felício, especificou que a sede poderá ter uma dupla funcionalidade: «Haverá lugar para uma secretaria, mas também poderá ser um espaço para uma espécie de museu onde se podem expor objetos da história do colégio», propôs. Além disso, defendeu que a nova associação pode contribuir para a recolha de material simbólico que conte o passado da escola. D. Manuel Felício congratulou-se ainda pela escolha do nome da coletividade, já que a “Associação Académica do Colégio de S. José/Rocha” não deixou de fora a “alcunha” por que era conhecido.
«Sempre chamámos ao colégio “o Rocha” por o edifício ser de pedra e o cónego Messias Marques dizer “está firme e assente como rocha”», explicou Albino Bárbara. Os 13 membros da comissão instaladora esperam, por agora, a aceitação do registo do nome para que a associação seja constituída legalmente. Apesar dos estatutos ainda não terem sido definidos e aprovados, o antigo aluno adianta que a associação pretende promover «colóquios e conferências», além de querer dar um contributo «à sociedade civil». Albino Bárbara disse esperar que esta “união” possa chamar mais ex-alunos, já que nem todos ficaram pela região. «Nos encontros anuais costumamos ser cerca de 200, mas contamos alargar esse número com esta associação», acrescentou. O próximo já está marcado para dia 19 deste mês, data em que será formalmente apresentada a “Associação Académica do Colégio de S. José/Rocha”.