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Associação Académica cria fundo para alunos carenciados

Segundo a AAUBI, há 50 casos de estudantes sem dinheiro para pagar refeições e as propinas

A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) vai lançar um fundo social para apoiar alunos em dificuldades, «alguns dos quais sem dinheiro para refeições», adiantou Fausta Parracho, dirigente da AAUBI.

Segundo a mentora do projecto, existem 50 casos de carências, entre os quais «há dez casos urgentes, de pessoas que pagam as propinas com dinheiro emprestado e que neste momento não têm possibilidade de comer». Um tipo de situação que deverá ser resolvida «com o pagamento de refeições nas cantinas da universidade», exemplificou. A dirigente académica falava na noite da passada segunda-feira, numa festa de angariação de verbas. O fundo obtido pretende servir de rede para quem espera pela atribuição de bolsa, para famílias que sofrem perdas súbitas de rendimento ou para quem tem um incumprimento curricular pontual e justificado, mas que pode implicar perda de bolsa, entre outras situações.

«Cada caso é um caso e será analisado individualmente», destacou. Durante um período de tempo, o fundo paga despesas aos alunos em dificuldades que a Acção Social comprove não ter margem de manobra para apoiar no imediato. «Nunca vamos entregar dinheiro», sublinhou Fausta Parracho, dizendo que apenas serão pagas despesas. «Esse valor será sempre contabilizado como um empréstimo sem juros, que prevemos seja depois pago pelo aluno ao longo de um ano», referiu. «A primeira linha de actuação continuará a ser sempre a Acção Social da universidade. A aplicação do fundo depende sempre da explicação técnica dos serviços para não poderem apoiar», destaca Pedro Pombo, provedor do estudante, que juntamente com a AAUBI vai participar na avaliação dos casos. De resto, a associação já está a preparar uma nova festa de angariação de fundos para Dezembro, quando se paga a segunda prestação das propinas.

Altura em que espera já ter o fundo devidamente constituído, com uma verba que ronde, pelo menos, «entre cinco a oito mil euros» e que vai contar com o contributo da reitoria da UBI. «É de louvar esta atitude dos alunos aos quais já prometi uma verba significativa para subsidiar parte do fundo», revelou o reitor João Queiroz.

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