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Assistentes sociais e uma professora ameaçadas em Verdelhos

Técnicas pretendiam encaminhar para uma instituição duas menores na sequência de queixas por maus tratos e abandono

A GNR da Covilhã retirou na passada segunda-feira da aldeia de Verdelhos, concelho da Covilhã, três assistentes sociais e uma professora, depois de terem sido ameaçadas pela população, disse à agência Lusa o comandante João Sousa.

As assistentes, ligadas à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Covilhã e à Casa do Menino Jesus, chegaram à aldeia pelas 13h30 para encaminhar para a instituição duas filhas de uma residente, com 4 e 7 anos, na sequência de queixas por maus tratos e abandono. «De um momento para o outro e já depois de ter assinado o acordo para a saída das crianças, a mãe impediu que as levassem e começou a gritar porque lhe iam levar as meninas», descreveu o responsável. A população acudiu à mãe das crianças e as funcionárias tiveram que se abrigar num centro social e chamar a GNR. A mesma fonte disse também que uma auxiliar das crianças e uma professora terão sido alvo de ameaças, sendo que esta última foi escoltada pela GNR, referiu o comandante daquela força. No local estiveram «entre 50 a 60 residentes», sendo que a GNR mobilizou 13 militares e cinco viaturas para a ocorrência. A presença do presidente da Junta de Freguesia «foi necessária» para explicar o que se passava e acalmar os ânimos, sublinhou. Entretanto, foi acordado que as crianças ficariam ao cuidado «de uma família idónea em Verdelhos», que se ofereceu para cuidar delas, adiantou. De acordo com o “Correio da Manhã”, foi necessário criar um cordão de segurança para permitir a saída das técnicas no jipe da GNR, enquanto a professora teve que ser retirada na bagageira de outra viatura.

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