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Assembleia Municipal de Celorico pede extinção da ComurBeiras

Moção considera que a Comunidade «não tem pés para andar»

A Assembleia Municipal de Celorico da Beira elaborou uma moção onde propõe que a ComurBeiras (Comunidade Urbana das Beiras) seja «imediatamente extinta», reclama no documento a que “O Interior” teve acesso. Isto porque, defende, que «não se vê qualquer mais valia na continuidade de uma instituição que não o chega a ser e não tem pés para andar, até porque muitos dos elementos eleitos das várias Assembleias Municipais já não fazem parte das mesmas». De resto, a moção realça que após a eleição da Assembleia da ComurBeiras em meados do ano passado «ter sido feita pelas Assembleias Municipais aderentes, verifica-se que a mesma nunca tomou posse. Portanto, nunca funcionou, servindo apenas para meia dúzia de presidentes de Câmara se encontrarem em verdadeiros encontros de amigos, gastando tempo e dinheiro ao erário público». A Assembleia Municipal de Celorico da Beira considera ainda a ComurBeiras como um «projecto político sem consistência, sem pés para andar numa perspectiva serôdia regionalista de resposta laranja a uma eventual regionalização chumbada pela grande maioria do povo português». Recorde-se que, em Novembro, também Joaquim Valente, novo presidente da Câmara da Guarda, se mostrou favorável à dissolução da Comunidade Urbana das Beiras. O autarca disse na altura tratar-se de um projecto que está «condicionado, sem força e sem conteúdo em termos de acção». Dizendo-se um regionalista convicto, Joaquim Valente afirmou que a chave para o futuro era fácil: «Vamos assumir e ser protagonistas de uma região a sério, com massa crítica», desafiando, ao defender uma região com área geográfica considerável «do litoral até à fronteira». Deste modo, a ComurBeiras «não faz sentido», disse. Até porque as Câmaras podem associar-se «para defenderem associações ou interesses comuns entre municípios vizinhos ou circunvizinhos», realçou, acrescentando que, neste momento, estão criadas as associações necessárias para fazer face às necessidades. Isto é, a Associação de Municípios da Cova da Beira e a empresa intermunicipal Águas do Zêzere e Côa. «Portanto, esta pseudo-regionalização não faz sentido nenhum, não tem contexto nem força política para se poder implementar», sustentou Joaquim Valente. No entanto, considerou que os autarcas do distrito devem unir-se para que a região que propõe seja vista como «um conjunto de distritos com objectivos e interesses comuns».

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