P – Em que consiste o projeto IGNITE?
R – Em traços gerais, o IGNITE – que este ano é já o décimo terceiro – consiste numa conferência, onde diversos oradores expõem uma ideia em cinco minutos. Durante este período, os participantes deverão socorrer-se de 20 slides, que passam a cada 15 segundos.
P – E quais são os objetivos essenciais deste projeto?
R – O principal objetivo do projeto IGNITE, e concretamente de o trazer para a Guarda, foi dar a esta cidade ignição. E esta ignição, em sentido figurado, é dada através do IGNITE, onde vamos ter uma apresentação de ideias e de experiências, algumas delas que se refletem na Guarda.
P – E quem são os participantes deste 13º IGNITE?
R – Os oradores são pessoas comuns, até porque esta iniciativa é dirigida ao público em geral que se pode inscrever, não havendo qualquer imposição ao nível de grau académico ou da faixa etária. Aquilo que os participantes precisam mesmo de ter é experiências para transmitir a todas as pessoas que estão a ouvi-los, e falar sobre criatividade, inovação, empreendedorismo, no fundo, pedem-se pessoas dinâmicas.
P – E com que objetivos foram escolhidos os vários participantes que vão intervir ao longo desta iniciativa?
R – Os oradores enviam slides para a Orgânica – a associação organizadora desta iniciativa, que faz uma seleção das pessoas, tendo em conta fatores como a adequação dos conteúdos às temáticas propostas e a convicção de que se trata de um tema que vai interessar às pessoas que vão assistir à conferência.
P – Na sua opinião, em que é que este debate pode ser substancialmente diferente dos outros a que estamos habituados?
R – É diferente de todos os outros fundamentalmente por um motivo, que passa pela regra que cada orador tem que respeitar: há apenas cinco minutos para falar sobre um determinado tema. No final desses cinco minutos, se a generalidade do público ficar entusiasmado com a ideia, o orador pode continuar a falar. Caso contrário, as pessoas que estão a assistir à comunicação batem as palmas e passa-se ao seguinte. Ora, desta forma, não se torna maçador, até porque se o orador que estamos a ouvir não interessar, são só cinco minutos, e pode interessar o que vem a seguir.
P – Este sistema faz quase lembrar um programa de televisão já conhecido. A ideia é a mesma?
R – Sim, é do género. No fundo, é uma experiência nova e dinâmica, que é isso que pretendemos incutir com o IGNITE.
P – E que “feedback” tem tido de pessoas que já conheçam este projeto?
R – É bastante positivo, há muita curiosidade à volta do IGNITE, até porque não é normal um orador expor as suas ideias em apenas cinco minutos. Quando eu explico isso a alguém conhecido, todas as pessoas ficam bastante surpreendidas, mas o objetivo é que as pessoas sejam sucintas e que se crie uma interação dinâmica entre orador e público.
