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As perguntas que toda a gente faz

Obras de requalificação da escola

As respostas de João Paulo Pinto, assessor do Conselho Executivo para as infra-estruturas:

Durante as obras vão ser instalados contentores com salas de aula?

Em algumas escolas já em obras, têm transferido pessoas de uns sectores para outros, tentando remediar com as instalações existentes. Sei no entanto que em algumas escolas e provavelmente na nossa irá ser necessário instalar contentores que substituirão salas de aula mas com melhores condições que estas. Em termos gerais, uma intervenção faseada vai levar a que uma escola tenha que fazer sacrifícios, quer para os alunos, quer para os professores e encarregados de educação. Mas quando se vê a meta, sabemos a que poderemos renunciar. E em vez de fazer 10 experiências num laboratório poderemos ter que fazer menos durante algum tempo.

Em termos de horários, vamos ter que começar já a estudar para 2009/2010 projecções para menos salas disponíveis, eventualmente com desdobramento ou sacrifício de tardes livres.

O estacionamento dentro da escola é para acabar?

Por lei nas escolas não deve haver viaturas em zonas de circulação pedonal. A nossa escola era uma excepção. E era-o pela dificuldade de haver parqueamento à volta da escola. Devido à envolvente e às infra-estruturas aqui situadas, não há lugares para os nossos 80 ou 90 carros simultâneos no exterior da escola. Deste modo, a hipótese que agora está a ser estudada pelos técnicos será conseguir numa zona traseira da escola, junto ao novo Pavilhão, um conjunto de 70-80 lugares de estacionamento e com uma entrada diversa da dos alunos. A entrada pela Rua Com. Salvador do Nascimento no portão mais a norte desbloquearia a circulação junto à zona de chegada dos alunos. Uma dificuldade também é que, como ponto de partida, os projectistas não querem perder nenhuma zona verde: nem uma árvore irá abaixo. Actualmente temos à volta de 90 lugares para cerca de 200 professores e funcionários.

E a ligação entre o Centro de Recursos e a ala nascente está assegurada?

Isso está assegurado. Não faz sentido que para ir para o extremo da escola se esteja a dar uma volta enorme. A Parque Escolar foi receptiva a esta ideia, até porque isso lhes permitiu concretizar por exemplo espaços físicos de trabalho para docentes, espaços centrais como o CNO (Novas Oportunidades), pátios interiores que são espaços de pausa, etc. Ficará um sector de 2 pisos, com o CNO em baixo e os gabinetes de trabalho para docentes em cima.

Que outros blocos novos irão ser construídos?

Haverá um novo bloco a construir em frente à actual zona da central telefónica/ átrio da secretaria e por onde passará a fazer-se toda a entrada de professores e alunos (excepto para o actual sector G, onde continuará a haver uma entrada autónoma). No piso de cima terá um Grande Auditório de 180 lugares, cá em baixo uma “zona do conhecimento e da memória” para exposições periódicas. Desta entrada seguirão corredores que conduzirão depois a qualquer zona da escola. Um outro bloco novo será um novo pavilhão multi-usos a destinar à Educação Física e que permitirá acolher também competições desportivas.

Haverá outros auditórios?

Ficamos também com o actual auditório com 60 lugares aprox. mais três espaços de tipo anfiteatro com capacidade para duas turmas, estes nas salas terminais do sector G, com sistemas de projecção para apresentações. O do meio ficará na ponta do corredor dos laboratórios e ficará mais ligada ao Dep. das Ciências.

E o actual salão, em que se vai transformar?

Vai ser um espaço comum para os alunos e um espaço de serviços e de actividades também. Uma bancada retráctil vai permitir adaptar o espaço para qualquer manifestação cultural ou demonstração desportiva, uma espécie de auditório aberto. O palco vai desaparecer mas nascerá aí ao nível do chão um espaço de actividades de expressão dramática.

No salão vão-se centralizar todas as áreas de alunos: o bar ficará na zona de passagem actual e num corredor do actual largo, mas o Bar ficará a ser o salão num sentido amplo, com pequenas mesas, podendo ainda estender-se a esplanada na direcção contrária para o largo em frente ao salão. Contiguamente vai surgir ali ao lado a reprografia, a papelaria e uma loja de conveniência.

E as zonas de pausa?

Vão ser pequenos espaços do tamanho de uma sala de aula que em cada sector ficarão com diversos jogos, estantes com livros, ligação à internet e outros equipamentos, evitando que o aluno ande sempre a caminhar para o salão ou fique a arrastar-se pelos corredores. Tudo isto parte do princípio de que os alunos renderão e aprenderão mais se tiverem boas condições e se sentirem confortavelmente. É curioso que na Escola Sec. Rodrigues de Freitas no Porto a requalificação levou este ano a um “boom” dos alunos matriculados, tendo a escola tido necessidade de adaptar para salas de aula certos espaços que nas obras tinham afectado a outros serviços. As boas condições chamam os alunos. A sala de pausa dos professores passará a ocupar a zona da actual sala de directores de turma e da sala contígua.

E as salas e gabinetes de trabalho dos professores?

A actual sala de professores mais a ex-sala de fumo e a sala de reuniões passarão a ser zona de trabalho dos docentes e de igual modo a zona a seguir ao Centro de Recursos na travessia para os sectores da ala nascente. Há zonas de trabalho com secretárias para 2/3 professores e zonas de arrumação. Haverá gabinetes com estas zonas de trabalho destinados a 8 e 16 docentes.

As salas de aula ficarão bem equipadas?

Para além da vertente das infra-estruturas, há a vertente dos equipamentos e das tecnologias. O Plano Tecnológico, que equipará este ano as escolas com sistemas de videovigilância, cartão magnético e outros, vai-nos deixar para trás mas, depois das infra-estruturas feitas, essa vertente chegará a nós. Na Rodrigues de Freitas eu próprio visitei as salas com quadro interactivo, ligação à Internet, computador e monitor. As próprias faltas serão marcadas por via electrónica e passarão logo à base de dados.

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