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As mixórdias de Ricardo Araújo Pereira encheram o TMG

Humorista esteve na Guarda no sábado para apresentar livro com os guiões das crónicas radiofónicas da Comercial

Um «pintas de Lisboa» veio à Guarda, cidade que lhe «fica um pouco fora de mão», apresentar o seu novo livro, uma compilação de crónicas bem humoradas que, todos os dias, fazem as delícias dos ouvintes do programa da manhã da Rádio Comercial.

Como seria de esperar, o grande auditório do TMG encheu no último sábado para ver e ouvir as rábulas de Ricardo Araújo Pereira, autor de “Mixórdia de Temáticas”, a rubrica homónima que deu em livro editado pela Tinta da China. O autor começou por estranhar que a assistência «não tivesse nada melhor para fazer» numa tarde de sábado para depois confessar que pouco ou nada conhece da Guarda. «Tenho um tio que é de Malpartida, faz parte do mesmo distrito, não é?», estava partilhada a única afinidade com a cidade. Com a plateia rendida desde que entrou em cena, Ricardo Araújo Pereira apresentou-se depois como «um xoninhas», um «rapaz que, de vez em quando, usa o sotaque da terra da sua mãe» ou ainda como «um pintas de Lisboa», acabando por se definir como «guionista, contra tudo e contra todos». Mas continuou a insistir que não via a razão para tanta gente na assistência.

O certo é que tudo isso, e mais um passado fedorento, levaram centenas de fiéis ao TMG. Quatro deles até tiveram o privilégio de se sentar ao lado de Ricardo Araújo Pereira para darem voz a alguns dos “sketches” do livro. E, ao contrário do habitual quando se chama alguém para o palco, desta vez os quatro voluntários voluntariaram-se imediatamente. Ana, Diana, Filipa e José Carlos [Lopes] (que, por acaso, é colaborador deste jornal) substituíram Nuno Markl, Pedro Ribeiro, Vanda Miranda e Vasco Palmeirim e protagonizaram momentos hilariantes ao recriarem peças como “Travanca Moimenta”, “Uma canja para a Merkel”, “Jorge, o cadaverzinho”, “Pingo Doce” e “Dr. Instantâneo”, entre outras solicitações do público. Muitas outras «crónicas sobre aquilo que for calhando» ficaram por dizer, numa tarde bem passada com o humor mordaz de Ricardo Araújo Pereira, para quem, «afinal, este livro tem alguma utilidade».

José Carlos Lopes, cronista de O Interior, foi um dos voluntários para recriar alguns “sketches”

As mixórdias de Ricardo Araújo Pereira
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