Cada passo de dança é uma história para Mara Pacheco. A guardense, de 20 anos, estuda atualmente na Escola Superior de Dança (Lisboa) e vai rumar a Praga (República Checa), no âmbito do programa Erasmus. Porém, foi na cidade que a viu nascer que se “apaixonou” pelo hóbi que abraça como profissão.
«Adorava dançar e pedi à minha mãe para me inscrever em aulas», adiantou Mara a O INTERIOR. A jovem começou no jazz aos 6 anos e ingressou no ballet aos 13. Contudo, a «melhor forma de expressão» chegaria com a dança contemporânea. Com o tempo, a dança foi “reclamando” o seu lugar: «Escolhi Ciências e Tecnologias no secundário porque não me era possível sair da Guarda», recorda, acrescentando que «não pensei duas vezes» quando teve oportunidade de se candidatar a um curso superior de dança. «Mas não foi fácil, como não o é para quem tenha ambições “irreais” para outras pessoas», considera.
A relação com a dança é uma incógnita para Mara: «A dança é hoje muito mais do que antes ou do que alguma vez julguei possível, mas há mais a descobrir», assevera. De olhos postos num futuro cada vez mais próximo, a guardense está determinada: «É preciso que os profissionais da área não trabalhem de “graça” e criem projetos inovadores, seja a dançar, a ensinar ou a ajudar», sublinha. A saída da Guarda, essa, era inevitável, pois «não dá para aprender como em Lisboa ou no Porto», embora diga que há na cidade mais alta pessoas «com coragem para oferecer o que há lá fora e espero que continuem».
Depois de conhecer o mundo pela dança, a jovem quer voltar à Guarda para partilhar essas vivências. «A dança é universal, em cada sítio existe uma história diferente para colecionar», afirma. Contudo, Mara Pacheco quer concentrar-se na licenciatura e aprender «o mais possível». Posteriormente, espera criar projetos inovadores e trabalhar com diferentes artistas.
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Sara Quelhas 
