Um indignado professor escrevia no público contra os gestores das escolas. Há por aí uma lei que pretende colocar gestores na direcção de estabelecimentos de ensino. Contra é o argumento que ali se distribui educação e essa é a função única das escolas. Respondo o mesmo sobre a Saúde e continuo a achar que os Hospitais merecem gestores pois o dinheiro público precisa melhor gestão e ponderar os seus custos. Que me lembre o dinheiro do ensino vem dos contribuintes e por essa razão merece optimização e eficiência. Só pode haver vantagem em saber-se onde e como se despende em educação. Que livro editar, que regras impor nas escolhas de material escolar, como gerir os espaços físicos das escolas e o seu equipamento encerrado horas a fio. Não pode alugar-se o campo ou o ginásio fora de horas? Os espaços públicos têm um custo enorme para a gestão amadora que os tem protelado. E o controlo de quem se ausenta constantemente e falta vezes sem conta? Entre pares? E os cumpridores vão assistir impunemente ao ganho dos infractores? As escolas necessitam uma revolução e o sistema educativo como a saúde e a justiça carecem de mudanças sintomáticas. Se elas passam por gestores venham eles. A reivindicação tem de ser a avaliação das vantagens desta escolha, ou não.
Por: Diogo Carbita