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As casas mais baratas da região estão em Figueira de Castelo Rodrigo

Com um preço médio de 144 euros por metro quadrado, o município figueirense é o segundo do país com as casas mais baratas

O município de Figueira de Castelo Rodrigo é o que tem as casas mais baratas na região, de acordo com as Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local referentes ao terceiro trimestre de 2017, divulgadas esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O bom resultado repete-se a nível nacional com o concelho figueirense a ocupar o segundo lugar (144 euros por metro quadrado), seguindo-se Penamacor (162 euros). Com melhor resultado só mesmo Boticas (118), que é o município com o valor médio de vendas por metro quadrado de alojamentos familiares mais baixo do país.

Dos 15 municípios das Beiras e Serra da Estrela, os “três grandes” concelhos – Guarda, Covilhã e Fundão – são aqueles em que o valor médio das vendas por metro quadrado é mais elevado: 604 €/m², 515 e 438, respetivamente. Os restantes concelhos da comunidade intermunicipal ficaram abaixo dessa fasquia, sendo que o primeiro concelho que se segue ao Fundão é Belmonte com 400 €/m². No final da tabela surge Figueira de Castelo Rodrigo com 144 €/m², uma diferença de apenas 35 euros em relação a Pinhel (179 €/m²) – o penúltimo município no ranking regional. Estes são os únicos dois concelhos da região, fazendo as contas também com Aguiar da Beira (CIM Dão-Lafões) e Vila Nova de Foz Côa (CIM do Douro), que registam um valor médio por metro quadrado inferior a 200 euros.

Em declarações a O INTERIOR, Paulo Langrouva não escondeu a satisfação por este indicador, dizendo que o município está a dar «um sinal ao mercado de que deve olhar para Figueira como oportunidade para se fixar e instalar em termos empresariais e familiares». Ainda que a “passos de bebé”, o autarca figueirense garante que já se vai notando algum movimento: «Começamos a ter vários empresários, e não só, que querem comprar casa e instalar-se aqui», sublinha Paulo Langrouva. «Para além da qualidade de vida, dos serviços de saúde e do património histórico, temos também esta vantagem do preço médio das habitações ser mais baixo», reforça o edil, assegurando que a autarquia vai continuar «a ter a preocupação em termos de planeamento e ordenamento» do território. «Estamos a dar alguns passos importantes para que Figueira e o seu território continuem a ser apetecíveis para a instalação e criação de empresas», sublinhou.

No terceiro trimestre de 2017, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal situava-se nos 912 euros por metro quadrado, o que se traduz num aumento de 1,8 por cento em relação ao trimestre anterior. Sem surpresas, o município de Lisboa é o que tem as casas mais caras do país (2.315 €/m²), seguindo-se Cascais (1.893 €/m²), Loulé (1.704 €/m²), Lagos (1.619 €/m²), Oeiras (1.572 €/m²) e Albufeira (1.524 €/m²). «Face ao período homólogo, todas as cidades com mais de 100 mil habitantes registaram uma subida dos preços da habitação», sublinhou o INE, acrescentando também que «a maior diferença entre os preços registados nos alojamentos novos e nos existentes observou-se em Lisboa (763 euros por metro quadrado), verificando-se, contudo, que este diferencial foi inferior ao verificado no segundo trimestre de 2017 (818 euros por metro quadrado)».

Valor médio da habitação aumentou seis euros por metro quadrado

O valor médio de avaliação bancária subiu para 1.150 euros por metro quadrado (€/m²) em dezembro de 2017, segundo dados divulgados pelo INE. Este valor representa um aumento de 0,5 por cento (seis euros) em relação ao registado no mês de novembro e de 4,5 por cento face ao mesmo mês do ano anterior. De acordo com o índice do valor médio de avaliação bancária, em dezembro o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentavam valores de avaliação superiores à média nacional. No lado oposto ficou a região das Beiras e Serra da Estrela, aquela que apresentou o valor mais baixo em relação à média nacional (menos 32 por cento).

Sara Guterres Autarca diz que este é «um sinal» de que o mercado deve olhar para Figueira como oportunidade

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