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Área ardida aumentou na Guarda em setembro

Distrito continua a ser o segundo mais afetado pelos fogos florestais este ano, depois de Bragança

No último mês arderam mais 1.911 hectares de mato e floresta no distrito da Guarda, que continua a ser o segundo mais afetado pelos incêndios esta época. Bragança lidera a lista com 6.993 hectares queimados, enquanto a Guarda registou 6.597 hectares consumidos pelas chamas até ao final de setembro.

De acordo com os últimos dados da Autoridade Florestal Nacional (AFN), divulgados na semana passada, desde o início do ano houve 456 ocorrências no distrito, a maioria das quais (258) relativas a fogachos (área ardida inferior a um hectare). Os restantes 198 casos foram considerados incêndios pelas autoridades. O relatório da AFN revela que os fogos afetaram sobretudo zonas de mato (5.855 hectares) e apenas 742 hectares de povoamentos, tendo ocorrido 24 reacendimentos neste período. Até agora, o maior incêndio do ano em Portugal aconteceu na zona da Bendada (Sabugal), em agosto, quando arderam 1.720 hectares. No mês passado houve três grandes incêndios (com mais de cem hectares) no distrito, sendo o da Castenheira (Guarda) o maior, tendo ardido 311 hectares. Os outros dois fogos mais devastadores verificaram-se em Vila Ruiva (Fornos de Algodres) e Sebadelhe (Trancoso) com 212 e 128 hectares queimados, respetivamente.

Em termos nacionais, Bragança é o distrito com mais área ardida (6.993 hectares), seguido da Guarda e Braga (4.832 hectares), na terceira posição, um “pódio” que já se verificava no final de agosto. Viseu é o quarto (4.587 hectares) e em Castelo Branco contabilizam-se apenas 2.690 hectares. A AFN sublinha que neste período o maior número de ocorrências encontra-se no distrito do Porto, com 4.732 registos, enquanto Vila Real registou o número mais elevado de incêndios florestais (488). Já os reacendimentos foram muito mais frequentes em Aveiro (631 casos). Dos 41.965 hectares ardidos até 30 de setembro, cerca de 66 por cento (27.571 hectares) ocorreu nos distritos de Bragança, Guarda, Braga, Viseu e Vila Real, que registam todos áreas superiores a 4.500 hectares.

Face à manutenção do tempo quente e seco nas últimas semanas, o Governo prolongou até sábado o período crítico de fogos florestais. Esta medida foi acompanhada pelo reforço de meios operacionais, aéreos e humanos, até anteontem.

Incêndio da Bendada (Sabugal) é o maior do ano, com 1.720 hectares ardidos

Área ardida aumentou na Guarda em setembro

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