Arquivo

Arderam mais 914 hectares na última quinzena de julho

Incêndios florestais consumiram 4.142 hectares desde o início do ano no distrito da Guarda

Nos últimos quinze dias do mês passado arderam mais 914 hectares no distrito da Guarda. A contagem da Autoridade Florestal Nacional (AFN) já vai em 4.142 hectares de área ardida entre 1 de janeiro e 31 de julho. O relatório provisório sobre os incêndios, divulgado na semana passada, revela um aumento superior a 28,5 por cento relativamente ao total ardido (1.186 hectares) na região no ano passado no mesmo período.

Nesta última quinzena destacam-se três grandes incêndios: um no Porto da Carne (Guarda), a 16 de julho, onde foram consumidos 194 hectares; em Vila Garcia (Trancoso),

no mesmo dia, em que arderam 175 hectares; e no Colmeal (Figueira de Castelo Rodrigo). A 18 de julho, as chamas queimaram 345 hectares de matos, sendo este o maior fogo registado até agora no distrito da Guarda. O segundo incêndio em termos de área ardida ocorreu em fevereiro, em Sameiro (Manteigas), quando arderam 310 hectares. No total distrital, desde janeiro o relatório da AFN sinaliza 452 ocorrências, maioritariamente incêndios florestais (257) que consumiram sobretudo zonas de matos (2.978 hectares). De resto, o documento refere que os distritos de Bragança e Guarda são os únicos onde se registaram mais incêndios florestais do que fogachos (área ardida inferior a um hectare), «com uma ordem de grandeza próxima dos 52 e 57 por cento, respetivamente, em relação ao total de ocorrências do distrito».

No país, entre janeiro e o final de julho houve um total de 13.889 ocorrências (3.128 incêndios florestais e 10.761 fogachos) que resultaram em 67.052 hectares de área ardida, entre povoamentos (26.780 hactares) e matos (40.272). Faro foi o distrito mais afetado pelos fogos, com mais de 22 mil hectares ardidos, um número muito superior ao de Braga (7.902) e Bragança (7.751). Seguem-se Viseu (5.421 hectares) e Vila Real (5.232), enquanto Castelo Branco contabiliza “apenas” 1.315 hectares consumidos pelas chamas. Segundo a AFN, 98 por cento da área ardida no distrito de Faro resulta do grande incêndio que se estima que terá consumido cerca de 21.562 hectares de espaços florestais. É o maior incêndio de 2012, registado até à data, e teve início no dia 18 de julho no local de Catraia, concelho de Tavira. «Estão ainda a decorrer a validação e o levantamento do perímetro pelo que a área considerada neste documento é provisória e resultou da análise das imagens de satélite», esclarece a Autoridade Florestal Nacional. A época mais crítica de incêndios florestais, a fase “Charlie”, decorre entre 1 de julho e 30 de setembro.

Sobre o autor

Leave a Reply