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Arco–Iris Nocturno

mitocôndrias e quasares

Na Lapónia, a Aurora Boreal ocorre 200 dias por ano, embora não seja sempre visível. Até ao ano de 2006, os cientistas explicavam este fenómeno luminoso quando as partículas electricamente carregadas, transportadas pelo vento solar, chocavam a grande velocidade com os átomos e moléculas da atmosfera terrestre. Os choques provocavam a excitação dos átomos e das moléculas que emitem um fotão luminoso, quando se descarregam. Contudo esta ideia foi revista, devido ao estudo desenvolvido pelos Estados Unidos da América e pela Agência Europeia de Astronomia, através do qual se concluiu que as auroras causadas por ventos solares são muito fracas e mal podem ser vistas a olho nu, quando comparadas com as coloridas auroras, que iluminam o céu que iluminam o céu, sendo estas últimas causadas por tempestades magnéticas. Deste modo, concluiu-se que as auroras boreais são provocadas principalmente por tempestades magnéticas.

As auroras boreais mais comuns têm uma cor verde-amarelada, e resultam do choque com átomos de oxigénio a alturas entre os 90 e 150 quilómetros. Também as auroras vermelhas, que ocasionalmente aparecem acima das verdes, são produzidas pelos átomos de oxigénio, enquanto que as azuis se devem aos iões das moléculas de hidrogénio. As auroras boreais produzem-se tanto no Inverno como no Verão, mas são invisíveis à luz de dia e, por isso, não se vêm no Verão. As épocas em que há mais probabilidades de vê-las são em Setembro ou Outubro e, mais tarde, em Fevereiro ou Março.

As Auroras não são exclusivas do nosso planeta, tendo já sido observados fenómenos semelhantes em planetas como Vénus, Saturno e Neptuno.

A palavra finlandesa que define a aurora boreal, “revontuli”, tem origem numa fábula lapã ou saami. “Repo” significa diminutivo de raposa e “tuli” fogo. Sendo assim, o “revontuli” significa “fogo da raposa”. Segundo a lenda, as caudas das raposas que corriam pelos montes lapões, batiam contra os montes de neve e as faíscas que saíam desses golpes reflectiam-se no céu. Os asiáticos acreditavam que as Auroras Boreais eram uma fonte de fertilidade e que quem tenha visto a Aurora Boreal viverá feliz o resto da sua vida.

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