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Arbitragem tendenciosa estragou sonho fornense

Penálti duvidoso garantiu a igualdade do Anadia a poucos minutos do final do jogo

A última jornada do Nacional da IIIª Divisão, série D, tinha um jogo muito atractivo entre o Anadia e o Fornos de Algodres, que ainda podia aspirar à subida à IIª Divisão. No entanto, antevia-se um embate complicado, pois só a vitória interessava aos visitantes perante o vencedor da série, que também não podia perder sob pena de ver manchada a festa da entrega das faixas.

Mas para que este cenário se concretizasse era ainda necessário que o Gândara não vencesse o Sp. Pombal. Por tudo isto, a ansiedade era visível nos rostos dos serranos, que estavam a lutar por algo que nunca antes tinha acontecido. Assim, entrou melhor o Anadia com o objectivo de resolver cedo a partida, mas o Fornos de Algodres, que não tinha ido passear, equilibrou a contenda. Só que os locais acabaram mesmo por marcar, num lance que resultou de um livre executado para a área e que levou a bola a esbarrar no travessão. Na recarga, Chico Trabuca aproveitou para fazer o golo, aos 15’. Parecia então tudo facilitado para o Anadia, que estava mais ofensivo e controlava o jogo. Já os visitantes tentavam chegar perto das redes locais através de lances longos e bolas paradas, mas sem grande efeito.

Pior do que isso, foi a lesão de Abadito, substituído por Valério, jogador que deu maior amplitude ao lado esquerdo fornense. Pelo adversário, Tiago Borges era o mais dinâmico, que procurava desequilibrar, enquanto Bruno Costa errava o alvo e o intervalo estava a chegar. A segunda parte trouxe uma alma nova aos fornenses, que regressaram das cabinas mais dinâmicos e determinados, com o intuito de dar a volta ao jogo. E quase o conseguiram. O empate apareceu num centro de Valério para a área do Anadia, onde surgiu Filipe a desviar para o golo, quando estavam jogados 51 minutos. O jogo estava novamente lançado, com os visitantes mais esclarecidos no ataque e esperançados na vitória final. Em contrapartida, o Anadia teve de recuar no terreno, o que facilitou as manobras dos fornenses.

O golo da viragem apareceu na sequência de uma jogada dos locais, com Tiago Borges a colocar para a área e Diogo a rematar para defesa de Cobra. O guarda-redes visitante teve uma eficaz reposição de bola e Salcedas, perante uma marcação cerrada, rematou para golo de fora da área, aos 74’. Entravamos nos minutos finais e tudo corria bem ao Fornos de Algodres até que o árbitro assinalou penálti num lance de bola no braço. A decisão surpreendeu o seu próprio auxiliar, que não considerou ter sido motivo para castigo máximo, só que o juiz da partida não mudou de ideias, pelo que Tiago Borges repôs a igualdade no marcador, aos 79’. Os serranos encetaram então uma corrida contra o tempo, mas sem resultados. Contudo, pela entrega e dedicação do plantel neste encontro, os fornenses mereciam a vitória e a subida. O trio de arbitragem acabou por ter influência no resultado final.

João Ferreira

Os atletas do Fornos estiveram perto de fazer a festa da subida de divisão

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