Foi no dia 13 de setembro de 1885 que nasceu em Carregal de Tabosa, Sernancelhe, Aquilino Gomes Ribeiro. Passando por vários colégios eclesiásticos, frequentou Teologia no Seminário de Beja, do qual foi expulso.
Em 1906 fixa-se em Lisboa para seguir jornalismo. Envolvendo-se em atividades políticas foi preso, evadindo-se, no entanto, para se instalar em Paris, onde frequentou a Sorbone, iniciando a carreira de escritor. Em 1913 publica a coletânea “Jardim das Tormentas”, com prefácio do seu adversário político Carlos Malheiro Dias. Três anos depois dá à estampa o romance “A Vida Sinuosa”, dedicado à memória do seu pai, que era sacerdote e o havia perfilhado. Regressado a Lisboa, é professor no Liceu Camões e conservador da Biblioteca Nacional. É co-fundador da revista “Seara Nova” e foi um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Escritores e da Sociedade de Língua Portuguesa. Por motivos políticos exila-se em Paris, onde se casa, pela segunda vez – a primeira mulher tinha falecido –, e a partir de 1935 o seu labor literário torna-se mais fecundo. “Volfrâmio” e “A Casa Grande de Romingães” são exemplos da sua multifacetada obra. Com 73 anos foi judicialmente processado, correndo o risco de pesada pena por ter denunciado no romance “Quando os Lobos Uivam” as prepotências e corrupções que se acobertam em leis iníquas contra os mais desfavorecidos pela fortuna. Morreu no Hospital da CUF, em Lisboa, a 27 de maio de 1963.
Por: Américo Brito