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«Após assegurar a manutenção, iremos à procura de um lugar na meia-final»

Cara a Cara – Entrevista: Joel Rocha

P – Esperava este excelente início de época da AD Fundão ou está surpreendido com a prestação até ao momento?

R – Temos que estar, acima de tudo, conscientes do que fomos capazes de conseguir até agora e ter a humildade de perceber que isso se deve a muita dedicação e esforço de um conjunto de pessoas que torna possível o rendimento traduzir-se, semanalmente, em alegrias para nós e para quem nos acompanha. Para que continue a haver vitórias, assentes na persistência e consistência do nosso trabalho, teremos que elevar os índices de qualidade e rigor do nosso rendimento para que a nossa organização de jogo consiga, independentemente do adversário, ter capacidade competitiva, organizativa e estrutural para ultrapassar e superar as dificuldades que encontramos em cada momento do jogo. Estamos satisfeitos até ao momento, mas não perdemos a noção das dificuldades.

P – Qual é o segredo desta “performance”?

R – O esforço, a dedicação, a responsabilidade, o rigor e uma enorme competência no trabalho desenvolvido por um conjunto de pessoas fundamentais em todo este contexto: o presidente da direcção, Dr. Angeja, os seus colaboradores e seccionistas, o departamento médico, a equipa técnica e, natural e fundamentalmente, o talento dos atletas da Desportiva do Fundão.

P – A equipa tem capacidade para aguentar o ritmo que tem apresentado?

R – A preocupação é potenciar a nossa organização de jogo e naturalmente pretendemos elevar os índices apresentados até ao momento. Treinamos diariamente para aumentar a consistência da nossa organização de jogo e vamos continuar a prepará-la minuciosamente para as abordagens estratégicas que pretendemos ver evidenciadas em função do jogo/adversário. Se aliados a esta preocupação, os resultados continuarem a ser os desejados, continuaremos dentro do nosso objectivo.

P – Qual é o objectivo da equipa para esta época, atendendo a que leva quatro vitórias em cinco jogos?

R – O objectivo mantém-se inalterável e bem definido: um lugar nos oito primeiros classificados para, mais uma vez, conseguirmos a manutenção na 1ª Divisão Nacional de Futsal. É imprescindível para nós, muito importante para o distrito e fundamental para uma região. Somos uma equipa não apenas do Fundão, mas de uma grande região.

P – É possível aspirar a algo mais que a entrada nos “play-off”?

R – Temos consciência do nosso objectivo e é por ele que lutamos arduamente, mas racionais e equilibrados, também somos ambiciosos. Algo mais após obter um lugar nos oito primeiros será melhorar os resultados das últimas três épocas, em que a Desportiva do Fundão não ultrapassou os quartos-de-final. Ou seja, após a concretização do objectivo fundamental do clube, iremos à procura de um objectivo apetecível que nos motiva: um lugar na meia-final do “play-off”. Mas isso só depois de um lugar “ao sol” entre os oito primeiros.

P – Pensar no título é uma utopia a curto prazo?

R – Tudo o que depende apenas de nós não pode ser irrealizável ou fantasia, mas temos a perfeita e plena consciência que a Desportiva do Fundão, a curto prazo, não reúne condições desportivas, físicas, humanas, estruturais, organizativas e financeiras para lutar pelo título nacional. Mas compete-nos a todos, que diariamente servimos o clube, contribuir para continuar a perseguir esse caminho.

P – Como vê a paragem de quase um mês no campeonato? É prejudicial para a equipa?

R – A paragem estava previamente definida e a nossa planificação já incluía esta situação, pelo que é da nossa responsabilidade estar preparados para esta interrupção e os nossos trabalhos foram desenvolvidos nesse sentido.

Joel Rocha

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