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ANTRAM pede a suspensão de portagens na A25 e A23 para os camiões

Circulação dos pesados está interdita a pesados num troço do IP3 até final de 2014 devido a problemas na ponte da Foz do Dão

A direção Centro da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) defende a suspensão de portagens para camiões com mais de 20 toneladas na A23 e A25 até que seja encontrada uma alternativa ao IP3.

«O que aceitamos e seria de bom senso da parte das Estradas de Portugal e dos nossos políticos seria isentar-nos a totalidade [das portagens] entre Albergaria-a-Velha e Mangualde [A25] e entre Torres Novas e a Guarda [A23]», disse anteontem aos jornalistas António Gomes de Sousa, responsável da ANTRAM. Em conferência de imprensa, em Coimbra, o dirigente criticou o anúncio «em cima da hora», de que um troço do IP3 está interdito a veículos com mais de 20 toneladas desde segunda-feira e até final de 2014 porque a ponte da Foz do Dão está com problemas estruturais e vai ser substituída. Em alternativa, a EP propõe aos camionistas um percurso de longo curso, pelas autoestradas A1 e A25, e outro por estradas nacionais. Para compensar quem opte pela alternativa de longo curso, a EP acordou com as concessionárias daquelas autoestradas prolongar o desconto de 25 por cento para as classes 3 e 4 (onde se inserem os camiões TIR) do período noturno para o período diurno.

«As alternativas que temos não são viáveis, para se poder circular com camiões carregados, a atravessar povoações, com estradas péssimas», alegou António Gomes Sousa. «Se tiver casa na nacional 17 e viva junto à estrada, se passarem automóveis e estiver a dormir ainda repousa, que eles não fazem barulho. Agora imagine o que é passarem toda a hora, toda a noite, os camiões dentro daquela localidade», exemplificou. Quanto ao percurso por autoestrada estimou que a opção pela A1 e A25, entre Coimbra, Albergaria-a-Velha e Mangualde «são 157 quilómetros» e representa cerca de duas horas e um quarto de trajeto e «67 quilómetros a mais» para os transportadores do que pelo IP3, percurso que é feito em «hora e meia», quantificou. Já os valores a pagar pelo «desvio» pelas autoestradas representam mais 10,25 euros em portagens «já com o desconto de 25 por cento» e cerca de 45 euros de gasóleo «a preços atuais», num camião que consome 30 litros por cada 100 quilómetros.

«Os 25 por cento que oferecem é nada, até pelo acréscimo de custos do que aquilo que já existe», sublinhou o dirigente da ANTRAM, alegando que «todos os dias saem 200 camiões só da região Centro» e classificando de «insustentável» a situação para os empresários de transporte de mercadorias.

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