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Antigas máquinas da Moagem geram arte

Começam amanhã os Encontros de Criação com Arqueologia Industrial no Fundão

Pierre Bastien e Pierre Berthet são os primeiros protagonistas do Planshister – Encontros de Criação com Arqueologia Industrial, que começam amanhã na Moagem, no Fundão.

Organizado pela Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã e pela autarquia, o evento decorre até Dezembro com o objectivo de «dar uma nova vida» ao espólio da Moagem. Para tal, vários criadores vão transformar em objecto artístico as antigas máquinas daquele edifício, num confronto entre a antiga função do objecto fabril e a sua (re)utilização pela arte. «Planshister é a designação de uma máquina usada na moagem da farinha que serve de modelo para a finalidade destes encontros: a desconstrução/transformação. Relacionar a transformação da matéria prima com a transformação da arte é agora o produto final, ainda que efémero», adiantam os promotores dos encontros.

Amanhã à noite, o francês Pierre Bastien, o construtor de engenhos musicais, apresenta o projecto “Sons can Dance”, com o qual pretende mostrar que os seus instrumentos criam, «ao mesmo tempo», uma composição musical e uma coreografia. «Virando, levantando, batendo, agitando, soprando, abanando, dedilhando ou esfregando, os sons destas máquinas dançam a sua própria música», refere o artista. Na noite seguinte é a vez de Pierre Berthet entrar em cena com “Expirator”. Segundo o seu criador, trata-se de fixar a câmara de ar de uma roda de bicicleta na extremidade de um tubo invertido de um aspirador. «Quando é ligado, o tubo flexível move-se de um modo regular no chão. Um conjunto de tubos rígidos é disposto ao longo do tubo flexível de modo a que o ar seja soprado para eles», refere.

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