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Ano novo volta a trazer aumento de preços

Transportes urbanos, combustíveis, luz, telecomunicações, IMI, bebidas alcoólicas e tabaco são algumas das áreas em que os consumidores vão pagar mais

Por regra, cada novo ano traz consigo uma alteração dos preços que se pagam pelos mais variados bens e serviços e 2015 não vai ser exceção, embora haja casos em que os valores se vão manter e outros em que até vão descer.

Nos transportes, os aumentos não são uma novidade. Nos Transportes Urbanos da Guarda, por exemplo, a partir da próxima segunda-feira entrarão em vigor alterações aos horários e a partir de amanhã, primeiro dia de 2015, há um novo tarifário a ter em conta. Assim, um bilhete simples passa a custar um euro contra 0,85 cêntimos que constam no tarifário disponível no site www.transportes.mun-guarda.pt, enquanto o passe mensal sobe de 20 para 23 euros. Já o pré-comprado de 10 bilhetes passa a custar 7,50 euros, ou seja 0,75 cêntimos a unidade, enquanto que o anterior era de 20 bilhetes, ficando a 0,49 cêntimos a unidade.

Nos combustíveis, já se sabia que os preços vão subir, por via das medidas previstas no Orçamento do Estado para 2015 e da reforma da Fiscalidade Verde. Para já, está prevista uma subida de cinco cêntimos por litro no caso do gasóleo e de 6,5 cêntimos por litro na gasolina. Também as tarifas de eletricidade vão aumentar 3,3 por cento, de acordo com a Entidade Reguladora do Sector Energético (ERSE), naquele que é o maior aumento em três anos. Esta subida aplica-se apenas aos consumidores que ainda estão abrangidos pela tarifa regulada, ou seja, para cerca de 2,5 milhões de portugueses, sendo que, por exemplo, numa fatura média de 35 euros significa um aumento de 1,14 euros. Contudo, apesar de muitos consumidores domésticos estarem já no mercado liberalizado, e em teoria protegidos da tarifa transitória, como os preços oferecidos nos contratos das elétricas aplicam em regra um desconto em relação à tarifa, a sua subida terá também efeitos no mercado livre.

As telecomunicações são outro sector em que os preços vão subir, já a partir de amanhã na NOS e na MEO, representando uma subida na ordem dos três por cento, enquanto a Vodafone vai atualizar os preços a partir de dia 16. O Governo incluiu ainda uma subida dos impostos sobre produtos alcoólicos e o tabaco já em 2015, com o objetivo de consignar essa verba ao Serviço Nacional de Saúde. No caso do tabaco, a grande novidade vai ser a penalização do imposto sobre os cigarros eletrónicos. O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) também vai aumentar para a generalidade dos proprietários que ainda não viram o imposto atualizado. Na Guarda, a taxa aumenta de 0,4 para 0,45 e na Covilhã de 0,34 para 0,35.

Nas áreas onde não está prevista a alteração de preços encontra-se a saúde. Os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sempre que precisarem de uma consulta com o seu médico de família ou com o enfermeiro no centro de saúde vão pagar, no novo ano, exatamente o mesmo valor que está a ser cobrado em 2014. No caso dos hospitais, as taxas de urgência baixam cinco cêntimos. Também no pão, à partida, vamos continuar a assistir a uma estabilidade nos preços. A garantia foi dada pela Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares e segue o exemplo do que se verificou este ano, em que não houve oscilações significativas de valores. A mesma tendência vai verificar-se nas portagens, cujos valores vão permanecer inalterados em 2015, pelo segundo ano consecutivo.

As rendas das casas também devem manter-se inalteradas em 2015, confirmaram à Lusa as associações representativas de proprietários. Já a água poderá ser uma das poucas exceções em que – a confirmarem-se os valores anunciados por Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia em virtude da reestruturação do setor das águas – os habitantes da Beira Interior poderão passar a pagar menos. Assim, nos municípios servidos pela Águas do Zêzere e Côa, a fatura de água descerá, em média, 3,3 euros, ao contrário do que vai suceder na generalidade do resto do país, onde as tarifas irão aumentar.

Combustíveis vão subir já a partir do primeiro dia de 2015

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