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ANIL quer organismo para gerir marca “MontNeve – by Covilhã”

Empresa, fundação, cooperativa ou gabinete são algumas das hipóteses de gestão e promoção da marca

A Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL) está empenhada em «criar uma empresa, fundação, cooperativa ou gabinete» para gerir a marca “MontNeve – by Covilhã”, criada em parceria com as empresas de lanifícios e de confecções do concelho para certificar e identificar os têxteis da “cidade neve” nacional e internacionalmente.

A marca foi apresentada publicamente em Julho passado e pretende-se agora criar um organismo «que possa gerir e comercializar os produtos de lanifícios e de vestuário que ostentem essa marca», disse José Robalo, presidente da ANIL. Para já, foi apresentada uma nova candidatura do projecto “Revitalã” ao programa comunitário “Equal” para lançar a marca no mercado, estando também prevista uma passagem de modelos amanhã à noite no Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior. «Não teremos apenas o blusão de lã, mas outros artigos relacionados com a montanha e a neve», adiantou o dirigente, tais como mantas de viagem e cobertores. Além disso, a passagem de modelos apresenta também «melhorias» ao nível dos tecidos. «Aproveitámos os conhecimentos adquiridos no “Portugal In” [campanha de promoção dos têxteis portugueses em Espanha] para este projecto que oficialmente já terminou», refere José Robalo. Apoiada pela iniciativa comunitária Equal, a marca foi criada no âmbito do projecto ReAdapt – Rede para o Desenvolvimento Económico e Social da Covilhã, que integra várias entidades do concelho, para afirmar a cidade como importante pólo industrial dos lanifícios.

Apesar de numa primeira fase a marca “MontNeve” identificar os artigos de vestuário e têxteis-lar, o objectivo a longo prazo é alargá-la a «outro tipo de artigos» característicos da cidade e da Serra da Estrela. «Não se pode lançar uma marca só com um produto e parar por aqui. Dentro do mesmo espírito da criação da “MontNeve” vamos avançar para outro tipo de artigos que já estão a ser criados», salienta, esperançado que daqui a uns anos esta marca tenha a mesma notoriedade de algumas marcas nacionais e internacionais, identificando ao mesmo tempo todo um espaço têxtil de conhecimento, investigação, inovação e criatividade. Para além de criar uma marca própria para os produtos têxteis, o ReAdapt, projecto criado em Dezembro de 2002 com um apoio de 748 mil euros do programa comunitário Equal, tinha ainda como objectivos a criação de uma rede de desenvolvimento integrado entre as empresas de confecções e de lanifícios da região, a criação de um observatório de desenvolvimento económico e social do concelho e a atracção de investimentos. Esta iniciativa envolve a ANIL, Câmara da Covilhã, Centro de Formação Profissional para a Indústria de Lanifícios (CILAN), Centro de Formação Profissional da Indústria de Confecção (CIVEC), Universidade da Beira Interior (UBI), Santa Casa da Misericórdia, Sindicato Democrático dos Têxteis (Sindetex) e a Global Change (empresa de consultadoria).

Liliana Correia

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