Arquivo

Ana Manso julgada por peculato em maio

Justiça

Ana Manso vai ser julgada por peculato e falsidade informática por ter recebido durante onze meses despesas de representação inerentes à função de presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, no valor de 1.131,89 euros mensais, quando já não desempenhava o cargo por ter sido demitida pelo então ministro Paulo Macedo.

O início do julgamento está marcado para 2 de maio no tribunal da Guarda. Mas a administradora hospitalar não será a única a sentar-se no banco dos réus. Também o seu antigo secretário Luís Rebelo está acusado dos mesmos crimes, por, alegadamente, ter alterado os respetivos dados no programa informático dos vencimentos «em conluiu» com a arguida. Já os elementos do Conselho de Administração formado por Vasco Lino, Gil Barreiros, Fernanda Maçoas, João Marques e Flora Moura – que sucederam à equipa de Ana Manso – vai ser julgado por abuso de poder porque não instauraram qualquer procedimento disciplinar contra a antecessora, nem informaram a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde do sucedido. Esta entidade só veio a saber do caso através de uma denúncia do médico Henrique Fernandes.

A acusação, a que O INTERIOR teve acesso, refere que a ex-gestora do Hospital da Guarda recebeu indevidamente um total de 6.577,08 euros de ajudas de custo entre 30 de novembro de 2012 e 30 de dezembro de 2013, quando deveria ter auferido 583,80 euros mensais «dadas as funções assumidas a partir de 22 de novembro de 2012, como administradora hospitalar de 1ª Classe». A verba já foi integralmente devolvida em doze prestações mensais descontadas no vencimento de Ana Manso entre dezembro de 2013 e novembro de 2014.

Sobre o autor

Leave a Reply