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Ana Manso julgada por peculato e antigo conselho de administração da ULS da Guarda por abuso de poder

Justiça

Começou ontem, após o fecho desta edição, o julgamento de Ana Manso por peculato e falsidade informática. A antiga presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda está acusada de ter recebido durante onze meses despesas de representação inerentes àquela função, no valor de 1.131,89 euros mensais, quando já não desempenhava o cargo por ter sido demitida pelo então ministro Paulo Macedo.

Além da administradora hospitalar, vai sentar-se no banco dos réus o seu antigo secretário Luís Rebelo, também acusado dos mesmos crimes, por, alegadamente, ter alterado os respetivos dados no programa informático dos vencimentos «em conluio» com a arguida. Já os elementos do Conselho de Administração formado por Vasco Lino, Gil Barreiros, Fernanda Maçoas, João Marques e Flora Moura – que sucederam à equipa de Ana Manso – vai ser julgado por abuso de poder porque não instauraram qualquer procedimento disciplinar contra a antecessora, nem informaram a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde do sucedido. Esta entidade só veio a saber do caso através de uma denúncia do médico Henrique Fernandes.

A acusação, a que O INTERIOR teve acesso, refere que a ex-gestora do Hospital da Guarda recebeu indevidamente um total de 6.577,08 euros de ajudas de custo entre 30 de novembro de 2012 e 30 de dezembro de 2013, quando deveria ter auferido 583,80 euros mensais «dadas as funções assumidas a partir de 22 de novembro de 2012, como administradora hospitalar de 1ª Classe». A verba já foi integralmente devolvida em doze prestações mensais descontadas no vencimento de Ana Manso entre dezembro de 2013 e novembro de 2014.

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