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Ambiente é a nova aposta de Álvaro Amaro

Município da Guarda vai despoluir e valorizar os rios Noeme e Diz e avançar com a construção dos passadiços do Mondego no vale do maior rio português

A Câmara da Guarda vai avançar com a despoluição dos rios Noeme e Diz e construir os passadiços do Mondego no vale do maior rio português. Os projetos foram divulgados no domingo, na sessão solene dos 817 anos do foral da Guarda.

O investimento previsto nos dois empreendimentos deverá ultrapassar os três milhões de euros, sendo que os estudos prévios já estão a ser elaborados, respetivamente, por Pedro Teiga e pela empresa Trimétrica, responsável pelos passadiços de Arouca. «São dois projetos reformistas e dos mais estruturantes para o turismo da Guarda», disse o presidente Álvaro Amaro, anunciando que os projetos finais serão «apresentados e discutidos» com os guardenses. O edil recordou que «se fala há muito» da despoluição do Noeme (afluente do rio Côa) e do Diz, que nasce na cidade e desagua naquele rio. «Queremos que voltem a ser rios com vida para serem usufruídos pelas famílias e por quem nos visita», sublinhou Álvaro Amaro, considerando que «rios vermelhos, cinzentos ou pretos já não são admissíveis no século XXI».

A despoluição e valorização destes cursos de água foi entregue a Pedro Teiga, que pretende aplicar «a técnica da engenharia natural» para resolver os problemas do Noeme e do Diz. O especialista sugere ainda a criação de um laboratório de rios no parque urbano para «monitorizar o projeto e divulgar as potencialidades e os recursos dos dois rios». Contudo, alertou que a implementação do empreendimento precisa «da participação e envolvimento dos guardenses, isso é fundamental para encontrarmos as melhores soluções». No caso dos passadiços do Mondego, a ideia é instalar onze quilómetros de passadiços e de pontes suspensas no vale do rio Mondego, no concelho da Guarda. O estudo prévio foi apresentado por Fernando Domingues, da Trimétrica, e o objetivo é possibilitar «a descoberta de todas as histórias do Vale do Mondego.

«Queremos fazer melhor que em Arouca e Vale de Cambra porque temos o melhor vale do país», sublinhou Álvaro Amaro, acrescentando que estes dois projetos são «para quatro a cinco anos». Presente na sessão, o ministro do Ambiente falou das iniciativas governamentais “Roteiro do Carbono” e “Economia Circular” para diminuir a poluição e os desperdícios. João Matos Fernandes anunciou ainda que as autarquias vão ser chamadas para a gestão das áreas protegidas, sendo que uma experiência piloto vai arrancar no próximo ano no Parque Natural do Tejo Internacional. A medida chegará «paulatinamente» às restantes ao longo do segundo semestre de 2017 e em 2018. O governante garantiu ainda que a Guarda vai manter a sede da nova empresa multimunicipal de água e saneamento, a Águas do Vale do Tejo, que terá «uma sede efetiva».

14 distinções no Dia da Cidade

Por ocasião dos 817 anos da cidade mais alta, o município distinguiu 14 personalidades e instituições e 25 funcionários autárquicos. A autarquia entregou a medalha de honra do município grau ouro ao cientista Fernando Carvalho Rodrigues, atual presidente da Assembleia Municipal da Guarda. A medalha de mérito municipal grau prata foi atribuída a Fernando Nelas Pereira (artesão cesteiro), Manuel Luís dos Santos (historiador), Agostinho Homem (magistrado), Virgílio Ferro Bento (investigador), Luís Figueiredo (investigador), Orlindo Cabeças (comandante dos Bombeiros Voluntários de Gonçalo), Maria de Lurdes Rocha Vieira (fundadora da Delegação da Associação Portuguesa de Deficientes), Manuel Pereira de Matos (vigário geral da Diocese da Guarda) e, a título póstumo, Sérgio Rocha (bombeiro falecido num incêndio florestal em julho de 2006).

Foram também distinguidos o Conservatório de Música de São José da Guarda, o Centro de Assistência Social da Guarda, a Escola Profissional da Guarda e o Centro Cultural “Os Serranos”, com sede nos Estados Unidos da América.

Luis Martins «São dois projetos reformistas e dos mais estruturantes para o turismo da Guarda», disse Álvaro Amaro

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