Arquivo

Amândio Melo quer Belmonte como «destino cultural»

Sem grandes euforias, o actual presidente da Câmara recandidata-se para «continuar» percurso traçado para o concelho

Dar «continuidade ao trabalho» desenvolvido no concelho foi a vontade expressa por Amândio Melo, no último sábado, caso volte a ser eleito presidente da Câmara de Belmonte em Outubro. Perante reduzida assistência, composta maioritariamente por jornalistas, actuais colaboradores na autarquia e por uma comitiva do PS, onde figuraram Joaquim Morão, presidente da Federação do PS de Castelo Branco, os secretários de Estado Fernando Serrasqueiro e Valter Lemos, e os deputados pelo distrito Vítor Pereira, Cristina Granado e Hortence Martins, o autarca prometeu «não se poupar a esforços» para continuar o percurso até agora traçado.

A aposta na acção social, na educação, no desporto, na cultura, na captação de novas empresas e nos jovens é a estratégia delineada pelo cabeça de lista socialista, que só apresentará os restantes elementos da sua lista em Setembro. Para já fica apenas o nome do candidato à Assembleia Municipal, Manuel Geraldes, actual director do Centro de Saúde belmontense, bem como do cabeça de lista à Assembleia de Freguesia local, Manuel Rodrigues, e às restantes freguesias. Amândio Melo diz que os equipamentos estão construídos, resta «dar-lhes vida». Na acção social, promete um acompanhamento «efectivo» aos mais idosos, com quem «estamos em dívida», pois «não tiveram as atenções que deveriam ter tido» nos últimos anos. Na educação, o actual edil deseja criar um centro educativo «de referência» para o ensino básico, além de outras infraestruturas no concelho. No desporto, garante que falta apenas criar condições para que os equipamentos sejam utilizados, porque «eles existem em todo o concelho», criando hábitos de práticas desportivas.

Já no campo empresarial, Amândio Melo promete minimizar o desemprego que, na sua opinião, «não é dos mais preocupantes da região», através da criação de empresas municipais.

Na forja está já a constituição de uma empresa na área da ecologia e ambiente, a Ecodiesel, que tratará os óleos queimados reconvertendo-os em combustível. Amândio Melo diz que a sua equipa «está atenta» à área empresarial e por isso foi criado o primeiro Parque Industrial de Belmonte, com 24 lotes distribuídos em mais de 10 hectares, dos quais 14 já estão disponibilizados para a fixação de novas pequenas e médias empresas. «Este é o primeiro passo», afirma o candidato, congratulando-se com o facto de poder vir a contar com empresários «de gabarito» no novo parque. Sem adiantar mais pormenores, o cabeça de lista só espera pela vinda de um membro do Governo para inaugurar aquela estrutura, o que poderá acontecer em Agosto. No que se refere a projectos, enumera a inauguração de uma rede de museus temáticos «superior à de Castelo Branco», gracejando com Joaquim Morão, edil albicastrense, e a construção «para breve» de uma escola de música. A actual «já não tem condições» para os 90 alunos regulares, que «têm direito à qualidade», sustenta o candidato, que quer fazer de Belmonte um concelho «de referência do interior». Repudiando as críticas apontadas pelo, até agora, único rival, de quem foi em tempos vice-presidente, Amândio Melo espera apenas que a população «saiba separar o trigo do joio», garantindo sobretudo a dinamização das estruturas existentes e o posicionamento do concelho de Pedro Álvares Cabral como «destino cultural».

Rita Lopes

Sobre o autor

Leave a Reply