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Álvaro Amaro regressa à Distrital do PSD

Autarca de Gouveia deixou Fernando Andrade a 66 votos de distância

Apesar de ter perdido em importantes concelhias, como as da Guarda, Mêda e Seia, Álvaro Amaro venceu as eleições para a Distrital do PSD, batendo Fernando Andrade por 66 votos de diferença. O autarca de Gouveia, que afirmou contar «com todos os militantes para ganhar o “combate” eleitoral de 2009», sucede assim a Ana Manso, regressando a um lugar que já ocupou entre 1994 e 2000.

O novo presidente eleito na noite do último sábado, que obteve 660 votos contra os 594 do seu opositor, garantiu que já «estava à espera de ganhar» ao mesmo tempo que endereçou cumprimentos ao seu «companheiro e colega Fernando Andrade» porque esta «saudável disputa» conferiu «outro sabor» à sua vitória. Mesmo sem grandes festejos, o autarca gouveense estava visivelmente satisfeito com o triunfo, assegurando que o PSD tem que se constituir como um «partido alternativo de poder» capaz de «criticar o que houver a criticar deste desgoverno socialista», criticou. «Este governo que nos quer condenar a um cada vez maior atraso. Queremos mobilizar as pessoas e dar a todos conta da energia que o PSD tinha e tem para que possamos em 2009 apresentarmo-nos como alternativa de poder», reforçou. Neste sentido, Amaro conta «muito» com Fernando Andrade e com «todos que o acompanharam» para este trabalho. Entre outras medidas, o novo presidente quer criar um Conselho Estratégico Distrital, composto por 20 personalidades representativas das várias áreas da sociedade, a quem caberá «reflectir, estudar, definir políticas e planos de acção que se ajustem às necessidades do distrito», explicou. Assegurando que vai estar «atento e vigilante» à governação socialista, o também presidente da Câmara de Gouveia disse ainda ser demasiado cedo para falar de «estratégias autárquicas». Em relação a alguma polémica surgida nos últimos dias de campanha relacionada com a alegada inclusão de novos militantes nos cadernos eleitorais, num período fora do prazo legal previsto no regulamento eleitoral do partido, não fez grandes comentários: «Li coisas nesta campanha que entendi que não devia comentar. Quanto a polémicas, se as houve, e comigo nunca as houve, terminavam com a proclamação dos resultados», disse.

Um assunto que também foi desvalorizado por Manuel Rodrigues, candidato a vice-presidente pela lista de Fernando Andrade que não apareceu na sede do partido na noite em que os resultados foram conhecidos. O advogado considerou que «a polémica teve apenas o seu início, parou a tempo, não teve mais evoluções e fiquei satisfeito por ter parado. É necessário que todos tivéssemos uma atitude positiva para o partido, inclusivamente a comunicação social porque as coisas quando começam mal há que pará-las», enalteceu. Sobre a derrota, frisou que «há que felicitar quem ganhou», lamentando que a «solução que pensava que era a melhor» não tenha saído «vitoriosa», mostrando-se disposto a «trabalhar em conjunto no futuro», admitiu. Em oposição, mostrou-se satisfeito com o resultado obtido na Guarda, onde a lista que integrava «ganhou em todas as frentes», sublinhou. Ao todo, votaram 1.267 militantes nas eleições do passado sábado, tendo a lista B, encabeçada por Álvaro Amaro, saído vencedora também do escrutínio para o Conselho de Jurisdição (690 contra 575) e da Mesa da Assembleia (683 para 584).

Ricardo Cordeiro

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