Professores criticam proposta do ministério por não dar autonomia às escolas ao definir os períodos segundo o calendário religioso.
No próximo ano letivo, as aulas deverão começar na segunda semana de setembro e terminar a 13 de dezembro. Depois, recomeçam a 6 de janeiro, fazendo com que as férias de Natal sejam de três semanas em vez das tradicionais duas, segundo a proposta do Ministério da Educação e Ciência (MEC).
O segundo período termina no início de abril, ou seja, estão previstos um pouco mais de três meses de aulas. Já o terceiro período será muito curto, com apenas seis semanas de aulas, uma vez que a Pascoa no próximo ano será em meados de abril. O fim das aulas deverá acontecer a 6 de junho para os alunos que fazem exames no próximo ano (6º, 9º, 11º e 12º). Para os restantes, as aulas terminam uma semana depois, a 13 de junho. Os alunos do 4º e 6º ano que chumbem nos exames da primeira fase, em maio, poderão ter um prolongamento de aulas até 4 de julho para se prepararem para a 2ª fase, que se realizará a 9 e 16 deste mês, de acordo com a proposta da tutela. No 3º ciclo e secundário, os exames realizar-se-ão ente 17 e 26 de junho de 2014 e as pautas serão afixadas, respetivamente, a 14 e 11 de julho.
Os professores já criticaram o documento considerando que o novo calendário não dá autonomia às escolas ao definir os períodos segundo o calendário religioso, o que, defendem, vai criar «desequilíbrios» como um terceiro período de apenas seis semanas. «Nós temos um horário escolar que se define de acordo com o calendário religioso. O primeiro período é até ao natal e depois é até à Pascoa. Por vezes, esta forma cria períodos muito desajustados, com uns muito longos e outros muito curtos, que é o que acontece no próximo ano letivo», alertou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira. Por sua vez, a FNE alerta para o facto da correção dos testes e análise de recurso estarem no próximo ano marcados para agosto, o que «poderá impedir que alguns professores possam gozar o seu período de férias».
