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Alunos no Senado criticam coordenador da AAUBI

Voto favorável de Paulo Ferrinho à fixação da propina em 850 euros está a revoltar academia

O voto favorável dos dois representantes da Associação Académica da Universidade da Beira Interior para a fixação da propina em 850 euros para o próximo ano lectivo está já a fazer “mossa” junto dos restantes 14 alunos eleitos para o Senado.

Em comunicado enviado à comunicação social, os alunos dizem «não compreender» o voto do coordenador da comissão de gestão da AAUBI, Paulo Ferrinho, nem do outro aluno eleito, visto que «não foi necessário» para evitar a propina de 900 euros. Aliás, recordam, «nunca foi fixado o valor máximo da propina na UBI». Considerar as «propinas inevitáveis», como defende Paulo Ferrinho (ver página 3), é, para os representantes dos estudantes, «sucumbir ao conformismo e à imobilidade», criticam. O grupo de alunos critica ainda a proposta de Paulo Ferrinho para indexar o financiamento da AAUBI ao valor das propinas, na percentagem de 2,25, acusando-o de ter «tentado condicionar o voto dos alunos eleitos» para aprovarem as propinas para que a proposta fosse aceite. Facto que não veio a acontecer dado o «repúdio generalizado» de alunos, professores e funcionários, o que levou a comissão de gestão a alterar a proposta para uma dotação fixa anual de 75 mil euros, explicam. Este comunicado surge na sequência de um documento lançado na academia pela comissão de gestão da AAUBI a explicar as razões da aprovação da propina de 850 euros. Nesse documento, Paulo Ferrinho sustenta o voto favorável com a necessidade de garantir a «sustentabilidade» da instituição e a manutenção da sua qualidade de ensino. Uma posição que o coordenador da comissão de gestão justifica ainda com o «desinvestimento do Governo no Ensino Superior».

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