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Aluno da Campos Melo destaca-se no concurso “Jovens Cientistas e Investigadores”

Ângelo Arrifano, finalista do 12º ano, arrecadou o segundo lugar com um projecto para gerar hologramas por computador

A criação de um programa de hologramas gerados por computador valeu a Ângelo Arrifano, aluno do 12º ano na Escola Secundária Campos Melo (Covilhã), o segundo prémio no 16º concurso “Jovens Cientistas e Investigadores” promovido pela Fundação da Juventude, em colaboração com a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Através de um artigo publicado numa revista da especialidade, que o professor Pedro Pombo – fundador do Clube de Holografia da escola e actual docente na Universidade de Aveiro – lhe forneceu, o jovem de 18 anos e finalista do curso Tecnológico de Informática desenvolveu o programa PHD – Processador de Hologramas Digitais. Os hologramas são usualmente projectados com luz laser de modo a se observarem os objectos que lhe deram origem, mas com esta técnica os hologramas poderão ser utilizados para «outras aplicações» como a codificação de dados, selos ou cartões de segurança, explica o jovem. Daí que irá continuar a desenvolver o programa com o objectivo de produzir hologramas a 3D e de serem visíveis à luz branca. E talvez venha a concorrer na próxima edição do concurso “Jovens Cientistas e Investigadores” com este mesmo projecto, adianta. Para além de ser uma «recompensa muito boa» pelo trabalho desenvolvido, o prémio de 1.250 euros «é um estímulo para continuar», acrescenta, adiantando que o dinheiro será investido num portátil para prosseguir a desenvolver a holografia – processo de gravação e projecção de imagens, permitindo a reconstrução de um objecto em 3D – com os conhecimentos que irá adquirir na licenciatura em Informática, curso em que pretende ingressar este ano lectivo na Universidade da Beira Interior.

Para Isabel Fael, presidente do conselho executivo da Secundária Campos Melo, esta distinção é o «reconhecimento do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo aluno e pelo Clube de Holografia», para além de «divulgar» ainda mais o nome da escola. «É o reconhecimento de que nas escolas que não estão nos grandes centros urbanos também se faz ciência», acrescenta. Para esta responsável, o concurso é fundamental para «incentivar» os jovens para as ciências e tecnologias. Acredita por isso que a distinção de Ângelo Arrifano poderá estimular ainda mais os jovens da escola a aderirem ao Clube de Holografia. Um clube ainda pequeno, mas que já se conseguiu destacar a nível nacional com a organização do 9º Encontro de Jovens Investigadores em Abril de 2003 e a distinção de três alunos no concurso “Física 2000” com um projecto de holografia.

Para já, Ângelo Arrifano irá apresentar o seu projecto na Final Europeia do Concurso Europeu para Jovens Cientistas, que se realiza de 25 a 29 de Setembro na Irlanda, e poderá ainda ser seleccionado para representar Portugal nos EUA. Com o objectivo de promover o espírito criativo e a inovação dos jovens para as Ciências e Tecnologias, a Fundação da Juventude realiza há 16 anos este concurso nas áreas da Engenharia, Biologia, Física, Química, Ambiente, Ciências Sociais e Informática. Este ano, o concurso contou com a participação de 60 alunos e distinguiu em primeiro lugar o projecto “Robô Insecto”, enquadrado na área da Engenharia, no valor de 1.750 euros.

Liliana Correia

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