Duas alunas do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) encontravam-se na região italiana atingida pelo violento sismo da madrugada de segunda-feira, tendo conseguido sair ilesas. As finalistas do curso de Farmácia da Escola Superior de Saúde da Guarda estavam desde o início de Março na região de Abruzzo para realizar um período de estudos na Universita Studi di L’Aquila, ao abrigo do programa Erasmus.
De acordo com Anabela Pires, do Gabinete de Mobilidade e Cooperação do IPG, as duas alunas, Liliana Ferronha e Marta Bento, ambas com 21 anos, foram encaminhadas ainda durante o dia de segunda-feira para o aeroporto de Roma, tendo ontem embarcado em direcção a Portugal. «Sentem-se um bocado perdidas, foi complicado conseguirem os voos, mas estão bem», afirmou aquela responsável, que referiu que da embaixada portuguesa receberam «apenas uma chamada». Após as primeiras notícias do sismo, o Gabinete de Mobilidade e Cooperação, bem como a coordenadora departamental do programa Erasmus, contactaram de imediato as jovens e acompanharam-nas durante os dois dias, garante o IPG. Segundo o “Correio da Manhã”, as alunas conseguiram chegar a Roma com a ajuda da embaixada turca, que disponibilizou um autocarro para os seus estudantes ali colocados.
Liliana Ferronha e Marta Bento, que moravam num apartamento localizado no centro de L’Aquila, terão conseguido sair com a ajuda dos vizinhos, tendo passado a noite na rua. As jovens – uma natural de Vouzela (distrito de Viseu) e outra de Carrazeda de Ansiães (Bragança) – viviam com mais estudantes de outras nacionalidades. O terramoto que aconteceu na madrugada de segunda-feira em Itália teve uma magnitude de 6,7 na escala de Richter e afectou principalmente a cidade de L’Aquila, localizada a cerca de 100 quilómetros de Roma. Ontem, os últimos números apontavam já para mais de 200 mortos e 178 feridos, cem dos quais em estado grave.